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3R Petroleum (RRRP3) despenca e anota a maior queda da semana; Magazine Luiza (MGLU3) cai mais de 11% e também aparece no pódio

3R Petroleum (RRRP3)

3R Petroleum (RRRP3)

A última semana foi mais curta para o mercado local, com o feriado de Tiradentes mantendo a bolsa brasileira fechada na sexta-feira (22). Mas, mesmo com um pregão a menos, algumas empresas como 3R Petroleum (RRRP3) e Magazine Luiza (MGLU3) registraram quedas de dois dígitos e dominam o ranking de maiores quedas do Ibovespa na semana.

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Veja quais outras ações completam o pódio negativo do índice:

AçãoVariação na última semana
3R Petroleum ON (RRRP3)-16,70%
Magazine Luiza ON (MGLU3)-11,76%
CVC Brasil ON (CVCB3)-10,64%
Via ON (VIIA3)-8,54%
EZTec ON (EZTC3)-8,41%
Fonte: TradeMap

Confira também a lista de maiores altas dos últimos dias:

AçãoVariação na última semana
Petz ON (PETZ3)+5,99%
Grupo Pão de Açúcar ON (PCAR3)+3,98%
Weg ON (WEGE3)+3,84%
Rede D'Or ON (RDOR3)+3,70%
Marfrig ON (MRFG3)+3,42%
Fonte: TradeMap

Aumento de capital provocou queda da 3R Petroleum (RRRP3)

A liderança dos papéis da 3R Petroleum (RRRP3) na lista de maiores quedas não é surpresa para quem acompanhou o noticiário do início da semana. A companhia anunciou ainda no domingo (16) à noite a intenção de captar entre R$ 600 milhões e R$ 900 milhões em um aumento de capital privado.

O comunicado confirmou os temores de que a petroleira precisaria de mais dinheiro para fazer frente aos plano de investimentos e aquisições de campos de petróleo e provocou uma queda brusca nas ações.

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A companhia também foi penalizada pela desconfiança de que seu conselho de administração lucrou — e muito — com a queda dos papéis na bolsa.

Dados divulgados pela própria petroleira à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mostram que o conselho de administração comprou 2.479.500 opções de vendas de ações RRRP3, ou puts, no mês de março.

Essa opções, que dão o direito de um investidor vender os papéis de uma companhia por um preço definido em uma determinada data, registraram valorizações de até 6.150% em um único dia após a aprovação do aumento de capital. Vale lembrar que o mesmo conselho de administração foi o responsável por dar o sinal verde à operação.

A empresa não revela os nomes do conselheiro que investiu nas opções de venda. Mas o site Brazil Journal revelou que Richard Gerdau Johannpeter é o responsável pela transação. A família Gerdau é uma das acionistas relevantes da petroleira, com uma participação de 9,9% por meio da Gerval Investimentos.

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O que pressionou as ações do Magazine Luiza (MGLU3)?

Já o Magazine Luiza (MGLU3), segundo colocada do pódio ingrato, foi penalizado pela aversão ao risco que contaminou os mercados nos últimos dias.

O arcabouço fiscal, a principal novidade do noticiário econômico local, foi divulgado ainda no início da semana, mas seguiu anuviando o clima na bolsa até a véspera do feriado.

Além de questionamentos sobre a proposta — que, para alguns analistas, apresenta pouca rigidez sobre o controle de gastos públicos e muitas exceções — há ainda a possibilidade atrasos na tramitação do texto no Congresso Nacional.

Os temores com o texto afetaram a trajetória da curva de juros brasileira e pressionaram as ações de empresas ligadas ao consumo, que dependem do controle da inflação e da queda dos juros — dois dos objetivos do novo arcabouço — para a melhora do ambiente de negócios.

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Na próxima semana, os papéis MGLU devem repercutir ainda o boato de que o Magazine Luiza teria demitido por justa causa os fundadores do site Kabum!, comprado pela gigante varejista em 2021.

A informação foi publicada pelo jornal O Globo nesta sexta-feira (21). De acordo com o jornal, Thiago e Leandro Ramos entraram com uma ação na justiça contra o Magalu alegando que a demissão foi uma retaliação. Eles pedem o pagamento de direitos trabalhistas, pois teriam sido contratados como funcionários da empresa depois da venda do site.

Os executivos alegam que o Magalu os demitiu por justa causa por suspeitar que eles estivessem trabalhando numa empresa concorrente ao mesmo tempo em que estavam empregados na companhia. Antes da demissão, eles teriam sido suspensos por 30 dias enquanto o Magazine Luiza investigava as supostas irregularidades.

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