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XP tem queda nos ativos sob custódia, mas mercado de crédito fortalece as receitas no 2º trimestre

Guilherme Benchimol, fundador da XP, durante a abertura da Expert XP 2022

Guilherme Benchimol, fundador da XP, durante a abertura da Expert XP 2022

O balanço da XP (XPBR31) do segundo trimestre, publicado nesta terça-feira (9), mostrou uma retomada das receitas da companhia com o mercado de capitais, a despeito de um ambiente complicado para a bolsa.

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Isso porque o fator que puxou a alta de 74% das receitas desse segmento no trimestre, para R$ 210 milhões, foi, na verdade, o mercado de crédito.

"Após um trimestre de atividade moderada no Mercado de Capitais no 1T22, a demanda reprimida e o pipeline robusto previstos em março foram confirmados e o fluxo de negócios de DCM [Debt Capital Market] foi forte no 2T22", disse a companhia no press release de resultados.

Vale notar que durante a Expert XP 2022, que aconteceu na semana passada, foi possível notar uma presença expressiva de gestores de fundos de crédito no evento.

No total, a receita líquida da XP no segundo trimestre somou R$ 3,4 bilhões, o que representa uma alta de 14% na comparação anual e de 10% em relação ao primeiro trimestre.

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No after-hours da Nasdaq, as ações da XP caíam 2,16%, a US$ 23,15.

Ativos sob custódia e captação voltam a cair

Confirmando a prévia de resultados publicada no mês passado, a XP registrou uma queda de 4% no total de ativos sob custódia entre o primeiro e o segundo trimestre de 2022, para R$ 846 bilhões.

No entanto, comparando o segundo trimestre deste ano com o mesmo período de 2021, os ativos sob custódia tiveram alta de 4%.

O balanço da XP representa um resumo perfeito do que vem acontecendo com os mercados, que passam por turbulência em meio a alta da inflação e dos juros mundialmente.

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Isso se reflete também na captação de novos recursos, que registrou queda considerável tanto na comparação trimestral quanto na anual.

No total, a XP captou R$ 43 bilhões entre abril e junho, o que representa uma queda de 43% em relação ao mesmo período do ano passado e de 7% no trimestre.

XP tem queda no lucro líquido

O momento complicado dos mercados se traduziu em queda no lucro líquido da XP, que caiu 2% na comparação com o segundo trimestre do ano passado, para R$ 913 milhões. A margem líquida também recuou, de 30,9% para 26,6%.

Comparando com o primeiro trimestre, houve alta de 7% no lucro líquido, mas queda de 0,8 ponto percentual na margem.

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Vale notar que a XP preza por divulgar também um cálculo ajustado no qual a empresa teria aumentado o lucro líquido para R$ 1,046 bilhão em relação ao segundo trimestre de 2021. A conta considera um acréscimo de R$ 214 milhões correspondentes a "share based compensation", ou remuneração baseada em ações, e uma dedução de R$ 81 milhões em impostos.

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