Se na pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira (01) a distância entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual chefe do Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro (PL) diminuiu, o mesmo não aconteceu no levantamento divulgado neste sábado (03) pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe).
Feito em parceria com a Associação Brasileira de Pesquisadores Eleitorais (Abrapel), a sondagem traz Lula com 44% das intenções de voto contra 35% de Bolsonaro.
A distância entre os dois principais candidatos à presidência passou de oito para nove pontos.
Na pesquisa anterior do Ipespe, divulgada no dia 31 de agosto, Lula tinha 43% das intenções de voto e Bolsonaro estava com os mesmos 35%.
Em um segundo turno, Lula aparece com 53% das intenções de voto e Bolsonaro com 38%. Brancos e nulos somam 7%. Não sabem ou não responderam 2%.
Além de Lula e Bolsonaro…
Bem longe de Lula e Bolsonaro, Ciro Gomes (PDT), aparece em terceiro lugar com 9% das intenções de voto. Simone Tebet (MDB) ocupa a quarta posição, com 5%.
Felipe d'Avila (Novo) e Soraya Thronicke (União Brasil) 1% cada um. Os outros candidatos não pontuaram. Brancos e nulos somam 3% e não sabem ou não responderam, 2%.
Ciro Gomes e Simone Tebet ficaram estacionados com relação à pesquisa anterior, com os mesmos 9% e 5%, respectivamente.
O mesmo aconteceu com Felipe D’Ávila, que já tinha 1%. Soraya Thronicke não aparecia no levantamento anterior.
O candidato do PT à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, continua à frente, com 44%, em mais uma rodada da pesquisa Ipespe, divulgada neste sábado, 03. Jair Bolsonaro (PL) segue na segunda posição, com 35%, e Ciro Gomes (PDT) em terceiro, com 9%.
O Ipespe ouviu 1.100 pessoas entre os dias 30 de agosto e 1 de setembro de 2022. A margem de erro é de 3 pontos porcentuais para mais ou para menos.
- Leia também: Dólar acumula desvalorização de 7% frente ao real no ano — veja o que mexe com o mercado de câmbio
Debate na mira
As pesquisas divulgadas nos últimos dias estavam sendo bastante aguardadas porque são as primeiras depois da sabatina do Jornal Nacional, da TV, e do debate na Band — do qual Simone Tebet foi considerada a grande vencedora.
Havia uma tensão no ar com relação à participação de Bolsonaro, especialmente no debate do último domingo (28), com membros da campanha temendo a reação do atual presidente diante de provocações dos rivais.
Na ocasião, eles chegaram a citar o jeito debochado de Ciro Gomes e o posicionamento combativo de Simone Tebet, baseado na participação da senadora na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19.
No debate, Bolsonaro foi agressivo ao comentar uma pergunta da jornalista Vera Magalhães dirigida a Ciro Gomes sobre o tema vacinas.
“Vera, eu não podia esperar outra coisa de você. Eu acho que você dorme pensando em mim. Você tem alguma paixão por mim. Você não pode tomar partido em um debate como esse. Fazer acusações mentirosas ao meu respeito, você é uma vergonha para o jornalismo brasileiro”, afirmou o candidato à reeleição.
Na sequência, Bolsonaro direcionou falas agressivas contra Simone Tebet (MDB). “A senhora é uma vergonha no Senado Federal. E não estou atacando mulheres, não. Não venha com essa historinha de se vitimizar.”