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Crescem as apostas na queda de fundos imobiliários de papel — segmento domina lista de maiores taxas de aluguel de cotas de FIIs

Imagem mostrando casas de brinquedo enfileiradas, com uma seta vermelha que sobe e desce sobre os telhados. É um símbolo do desempenho dos fundos imobiliários (FIIs) | Dividendos RECR11 fundo imobiliário Maxi Renda MXRF11 KINP11 CPTS11 HCTR11

Fundos imobiliarios (FIIs)

Os especuladores do mercado de fundos imobiliários têm apostado na queda dos FIIs de papel. É o que indica um levantamento do Trademap divulgado nesta segunda-feira (29).

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O estudo — que, segundo a plataforma de investimentos, é inédito — considerou as médias ponderadas de doadores e tomadores de cotas para encontrar as maiores taxas de aluguel  entre os fundos que fazem parte do IFIX, o principal índice do setor na B3.

Antes de continuar, vale explicar como funciona esse mercado. Para apostar na queda de uma ação ou um FII, o investidor precisa tomar esse ativo alugado de outro investidor no mercado. A taxa do aluguel varia conforme a demanda, portanto, quanto maior a taxa, maior a aposta na baixa.

E, segundo os cálculos do Trademap, dos 15 FIIs com as maiores taxas, sete são de papel — assim chamados por investirem em títulos de crédito ligados ao setor imobiliário. 

Além de serem maioria no ranking, dois nomes do segmento, Maxi Renda (MXRF11) e Capitânia Securities (CPTS11) representam 92% do valor total das posições em aberto entre os ativos.

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Vale destacar que o MXRF11 é o maior FII da indústria em número de cotistas, enquanto o CPTS11 tem a maior participação percentual no IFIX entre os 15 fundos que integram a lista da plataforma.

Segundo Sergio Castro, analista do TradeMap, o culpado pelo grande número de fundos imobiliários de papel na lista é o cenário macroeconômico atual. “Mediante o aparente término do processo de aumento das taxas de juros no Brasil, os especuladores têm apostado na queda dos preços desses FIIs”, afirma.

As perspectivas de fim do ciclo de alta da taxa Selic e a inflação decrescente diminui a rentabilidade do segmento que investe, em grande parte, em títulos de dívida imobiliária atrelados a índices de preços, como IPCA e IGP-M, e ao CDI.

Confira a lista completa com as posições em aberto e a taxa de remuneração dos fundos:

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Fundos imobiliários de shopping também marcam presença na lista

Além dos recebíveis imobiliários, outra categoria com mais de um representante na lista é a de shoppings. Malls Brasil Plural (MALL11), Vinci Shopping Centers (VISC11) e HSI Mall (HSML11) aparecem entre as maiores taxas de empréstimo.

“Os investidores estão com o pé atrás com o setor pelo cenário macroeconômico conturbado de inflação, ainda sob pressão, além da possibilidade de recessão global em 2023", explica Castro.

Apesar disso, MALL11, VISC11 e HSML11 representam apenas 6,5% do valor total em posições em aberto. Mas os FIIs também estão entre os destaques negativos no que diz respeito ao crescimento das taxas de empréstimo neste ano. Veja abaixo:

Na prática, os números indicam que mais investidores passaram a apostar na queda dos três ativos. A maior alta da taxa de empréstimos no período, porém, ficou com um fundo de outra categoria: o XP Properties (XPPR11), do segmento de lajes corporativas.

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Confira também os fundos imobiliários com as maiores quedas nas taxas de aluguel em 2022:

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