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UBS BB rebaixa Braskem e corta preço-alvo para R$ 30 — é hora de vender BRKM5? Ações ficam entre as maiores quedas do Ibovespa

Vista da então nova unidade da Braskem Petroquímica, em Paulínia, São Paulo. Petrobras (PETR3 e PETR4) e Novonor são as principais acionistas da Braskem (BRKM5) | Dividendos

Ao que tudo indica a química entre o UBS BB e a Braskem já não é mais a mesma. O banco suíço rebaixou a recomendação e cortou o preço-alvo das ações BRKM5. O resultado: os papéis da empresa encabeçam as maiores quedas do Ibovespa nesta quinta-feira (15), chegando a cair quase 5%.

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Na visão do UBS BB, não há catalisadores futuros para o caso de investimento por parte da Braskem — e, portanto, o desempenho mais fraco deve se traduzir em dividendos mais baixos. 

O banco chama atenção ainda para dois fatores:

Diante desse cenário, o UBS BB cortou a recomendação da Braskem de compra para neutro e baixou o preço-alvo de BRKM5 de R$ 50 para R$ 30 — o que implicou na queda de 98% para 25% no potencial de valorização dos papéis com base no fechamento desta quinta-feira (15). 

Novonor, Braskem e Petrobras

A Novonor, antiga Odebrecht, detém uma fatia de 38,3% na Braskem — um de seus ativos mais relevantes —, enquanto a Petrobras (PETR4) mantém 36,1%. O restante é negociado em bolsa. 

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A Novonor está envolvida na venda de sua participação na Braskem para honrar seus pagamentos de juros e amortização com os credores. O processo, no entanto, foi paralisado durante as eleições e segue indefinido à espera de um posicionamento do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, já que a Petrobras é determinante para definir o futuro da petroquímica. 

“Partes relevantes do próximo governo têm afirmado que a integração entre as operações de refino/petroquímicos é uma tendência mundial e que a Petrobras deve aumentar os investimentos em vez de pagar altos dividendos — um sinal de que a Petrobras pode decidir aumentar a capacidade petroquímica”, diz o UBS BB em relatório. 

Os spreads

Quando o UBS BB passou a recomendar a compra da Braskem, destacou a normalização do spread em um ritmo mais rápido do que o esperado como principal risco — o que de fato ocorreu. 

Na ocasião, o banco suíço calculava que os spreads diminuiriam em 2023, quando esperava novas instalações para produzir e aumentar a oferta geral. No entanto, um ambiente desafiador no segundo semestre deste ano antecipou o movimento, levando a uma queda acentuada do spread nos últimos meses. 

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“Esperamos que esse cenário continue, com abrandamento da demanda e entrada em operação de novas capacidades”, disse o UBS BB em relatório.

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