Assim como uma roupa deve ter um caimento perfeito, uma carteira de ações também precisa estar alinhada com o momento econômico e do mercado. De olho nisso, a XP escolheu entre Lojas Renner, Guararapes (GUAR3) e C&A(CEAB3) as suas favoritas do varejo de vestuário.
A corretora iniciou a cobertura de Guararapes com recomendação de compra e preço-alvo de R$15 por ação — o que representa um potencial de valorização de 61% em relação ao fechamento de segunda-feira (20).
A Lojas Renner também recebeu o selo de indicação de compra da XP, enquanto a C&A ficou de fora desse grupo, com recomendação neutra.
Por que comprar Guararapes (GUAR3)
A XP baseou a recomendação para Guararapes (GUAR3) baseada em quatro fatores:
- posicionamento forte e democrático;
- estrutura verticalizada, um diferencial em relação aos pares;
- alavancas de crescimento à frente;
- valuation atrativo.
De acordo com a corretora, a Guararapes tem um valuation de 11,8 vezes preço/lucro (P/L) em 2023 — um desconto de 42% em comparação aos concorrentes brasileiros, e de 47% em relação aos concorrentes globais.
E Lojas Renner (LREN3) e C&A (CEAB3)?
Na visão da XP, o processo de transformação da Guararapes (GUAR3) vem mostrando resultados, com menor liquidez e riscos de execução.
Já a Lojas Renner é o nome mais defensivo entre as empresas de varejo de vestuário pela alta liquidez e qualidade do papel, que historicamente supera os concorrentes e está menos exposta ao cenário macroeconômico.
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No caso da C&A, a recomendação seguiu neutra porque a companhia está passando por um forte ciclo de investimentos para cobrir algumas lacunas em relação aos concorrentes, além de ser mais exposta ao cenário macroeconômico dado o posicionamento da empresa.
Macro permanece um ponto de atenção
O sentimento dos investidores melhorou consideravelmente no último mês, segundo a XP, com as perspectivas do segundo semestre se mostrando melhores do que o esperado inicialmente frente à desaceleração da inflação, ao estímulo de renda, aos dados de emprego melhores do que o esperado; e a uma dívida pública em declínio em base anual.
No entanto, a corretora diz que ainda há incertezas importantes sobre uma recuperação mais estrutural da demanda para o setor varejista, como:
- riscos de recessão global;
- campanhas presidenciais brasileiras;
- riscos fiscais.