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Mais um banco se rende à Cielo (CIEL3) e passa a recomendar a compra da ação, mesmo após alta de quase 200% neste ano

Arte conceitual mostrando uma maquininha de cartões da Cielo (CIEL3)

Cielo (CIEL3)

A Cielo (CIEL3) passou por poucas e boas nos últimos anos. Não faz muito tempo, a empresa de maquininhas estava afundando na bolsa — e inclusive tornou-se uma das ações com pior desempenho no Ibovespa. 

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Em 1º de dezembro do ano passado, os papéis chegaram a custar R$ 1,84 na B3 no pior momento da companhia — uma queda de aproximadamente 87,3% em relação ao preço da ação na abertura de capital (IPO, na sigla em inglês), de R$ 14,50. Mas, de tanto apanhar, a empresa reagiu

Nos últimos 12 meses, os papéis acumulam valorização de 125,6%, mas o renascimento da ação veio realmente em 2022 — só neste ano, a alta foi de 172,2%.

Os papéis chegaram a liderar as altas do Ibovespa, disparando mais de 6%. Apesar de terem arrefecido o avanço, por volta das 13h40 desta sexta-feira, as ações CIEL3 subiam 0,35%, a R$ 5,81.

A mudança foi tamanha que nem mesmo os analistas mais pessimistas sobre o papel conseguiram manter as antigas recomendações. Primeiro, foi a vez do BTG revisar as estimativas para a companhia. Depois, veio o JP Morgan.

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A vez do Credit Suisse recomendar Cielo

O desempenho da Cielo (CIEL3) agora foi notado pelo Credit Suisse. Os analistas elevaram a recomendação das ações da empresa de maquininhas — e, para a casa de análise, você deveria incluir a ação no seu portfólio.

O Credit recomenda a compra de CIEL3 e fixou um preço-alvo de R$ 7,50 para os papéis, bem acima da análise anterior, com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 2,50. 

A recomendação implica em um potencial de alta de 29,5% em relação ao fechamento dos papéis no último pregão, de R$ 5,79.

Segundo os analistas, a revisão para cima é baseada em dois pilares: as tendências operacionais “saudáveis” da companhia e o preço sobre o lucro (P/E) da ação. Para o Credit, a empresa apresenta um desconto de 11 vezes o P/E em 2022.

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Tchau, PagSeguro e Stone?

O banco ainda manteve a recomendação de compra das ações da PagSeguro (PAGS34), mas cortou o preço-alvo do papel na metade, para US$ 20. Apesar da redução, o valor ainda implica em uma alta potencial de cerca de 32% frente ao último fechamento. 

A mudança na recomendação dos analistas teve em vista do custo do patrimônio líquido 1,5 ponto percentual maior, a 18%.

“Pelos mesmos motivos, também cortamos nosso preço-alvo para Stone, de US$ 22 para US$ 12, potencial de valorização de 20%.”

A casa de análise afirmou que, em relação ao valuation, a Cielo é vencedora em comparação com seus pares no mercado.

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“PagSeguro e Stone estão crescendo rapidamente, mas com margens pressionadas. Portanto, seus indicadores P/E de caixa de curto prazo não parecem atraentes”.

O Credit Suisse ainda destaca que, como os resultados do PagSeguro são mais sensíveis às mudanças da taxa Selic, a ação CIEL3 permanece a melhor opção em caso de uma reversão de curva. 

Balanço da PagSeguro

Apesar de um otimismo mais contido dos analistas do Credit Suisse para a PagSeguro, as ações PAGS34 operam em forte alta hoje — tanto aqui quanto em Wall Street, em resposta à divulgação de um balanço trimestral forte

Por volta das 13h40 desta sexta-feira, os papéis da companhia disparavam 8,11% na bolsa de valores de Nova York (Nyse). No mesmo horário, os recibos de ações (BDRs) negociados na B3 subiam 8,95%.

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A empresa de maquininhas encerrou o segundo trimestre deste ano com lucro líquido de R$ 367 milhões, avanço de 35% na comparação com o mesmo período de 2021.

A virada da Cielo (CIEL3)

A Cielo (CIEL3) foi uma das primeiras empresas do ramo de maquininhas no Brasil. Com capital aberto na bolsa desde 2009, a companhia se consolidou como líder de mercado no setor de meios de pagamentos — isto é, até surgirem novas concorrentes, como a Stone (STOC31), a Getnet (GETT3) e a PagSeguro (PAGS34). 

A Cielo chegou a perder para as novatas em valor de mercado e inclusive ficou atrás da Getnet no ranking. 

Desde o fim do ano passado, a empresa começou a se recuperar, especialmente após entregar resultados acima do esperado pelos analistas.

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Atualmente, ela ocupa o terceiro lugar em valor de mercado, sendo que a PagSeguro lidera com larga vantagem em relação às concorrentes.

Cielo (CIEL3) de volta ao coração dos analistas

A entrega de resultados robustos da Cielo conquistou ainda sua posição nas carteiras recomendadas pelas grandes casas de análise. 

Em abril deste ano, o BTG Pactual (BPAC11) chegou a substituir a Getnet pela CIEL3 no portfólio de ações favoritas.

Em uma análise mais recente, o favoritismo pela pioneira das maquininhas voltou ao foco após a Stone entregar resultados fracos.

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A Stone (que tem BDRs negociados na B3 sob o ticker STOC31) encerrou o segundo trimestre deste ano com prejuízo contábil de R$ 489,3 milhões, uma reversão no lucro líquido de R$ 526 milhões reportado no mesmo período de 2021. 

Para o JP Morgan, o resultado não foi uma surpresa — afinal, o balanço considerado “sem brilho” veio alinhado às baixas expectativas dos analistas.

Balanço da Cielo (CIEL3)

Por sua vez, a Cielo elevou os ânimos do mercado com o balanço do segundo trimestre — e tanto o BTG Pactual quanto o JP Morgan destacaram a preferência por CIEL3 frente às demais empresas de maquininhas.

A companhia teve um lucro líquido de R$ 635,3 milhões no segundo trimestre, um aumento de 252,2% em relação a igual intervalo de 2021 e de 244,1% na comparação com o primeiro trimestre deste ano.

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Esse é o melhor desempenho da empresa desde o quarto trimestre de 2018, e foi impulsionado por fatores não recorrentes. 

A venda da MerchantE, fechada em abril por quase R$ 1,5 bilhão, teve um impacto líquido positivo de R$ 282,3 milhões no resultado trimestral. 

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