Log (LOGG3) registra maior lucro trimestral da história da companhia e aposta na “reciclagem” de ativos com venda de galpões para fundos imobiliários
Embalada pelo e-commerce, a empresa coleciona bons resultados financeiros e revela a estratégia para seguir crescendo nos próximos trimestres
O crescimento vertiginoso do e-commerce desde o início da pandemia de covid-19 não é boa notícia só para quem vende pela internet. Outras empresas da cadeia do varejo online, como a Log Commercial Properties (LOGG3), também têm muito a ganhar.
A empresa, que é uma das maiores desenvolvedoras e locadoras de galpões logísticos do Brasil, voltou a bater recorde e registrou o maior lucro líquido trimestral de sua história.
O resultado chegou a R$ 132,3 milhões entre janeiro e março deste ano, alta de 8,4% na comparação com o mesmo período de 2021.
A receita líquida cresceu 11% em relação ao primeiro trimestre do ano passado, para R$ 40,8 milhões. E, segundo André Vitória, diretor executivo de Finanças e Relações com Investidores do grupo, por trás desse desempenho financeiro está justamente o momento das vendas online no país.
Isso porque 65% do portfólio da Log é composto por clientes que estão direta ou indiretamente ligados ao varejo digital. “Atualmente, o principal alicerce do nosso negócio é que temos a oportunidade de aumentar nosso portfólio tanto de ativos quanto de clientes em função do crescimento das atividades de e-commerce”, diz o CFO.
O momento do setor também contribui para reduzir os índices de vacância e inadimplência da empresa. A primeira está na mínima histórica, em 1,6%, enquanto a segunda aproxima-se do zero, com 0,4%.
Leia Também
“Esses indicadores baixos devem-se muito à qualidade dos ativos, ao trabalho do setor comercial junto aos clientes e ao fato de estarmos em um momento extremamente favorável de crescimento da logística”, aponta o executivo.
Apesar do aumento do lucro e da receita, o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recuou 11,4%, para R$ 127,3 milhões. Segundo o diretor da Log, a trajetória do indicador foi afetada por variações sazonais, mas deve voltar a apontar para cima nos próximos trimestres de 2022.
As ações da empresa de galpões (LOGG3), que foi listada na B3 em 2018 a partir de uma cisão da incorporadora MRV, acumulam alta de 5,4% no ano.
- MUDANÇAS NO IR 2022: baixe o guia gratuito sobre o Imposto de Renda deste ano e evite problemas com a Receita Federal; basta clicar aqui
Novos galpões da Log (LOGG3) se espalham pelo Brasil e já têm destino certo
Único player do setor com atuação nacional, um dos diferenciais da companhia para conquistar os clientes é a oferta de espaços para quem quer crescer fora do eixo Rio-São Paulo.
Apesar de ainda estar concentrada no Sudeste, onde está 54,6% da Área Bruta Locável (ABL) da empresa, já há galpões da Log em 377 municípios brasileiros. O plano é focar em outras regiões do país nos próximos anos.
“O Centro-Oeste e Nordeste têm se destacado em relação à demanda para o nosso crescimento”, cita André Vitória.
Enquanto avança pelo território nacional, outro feito da empresa alivia as preocupações com a locação dos novos galpões. No primeiro trimestre, os 69,8 mil m² de ABL construídos foram entregues com 100% de locação.
No ano, 85% dos 414 mil m² previstos já estão pré-locados. E a maior parte desse percentual de possíveis contratos é com empresas que já são clientes da companhia.
“Quando a gente avança para novas praças, muitas delas já têm uma procura relevante por parte dos clientes. Nós crescemos junto com eles”, conta o diretor.
De onde vem a grana para tantos metros quadrados?
Com o momento favorável e demanda pelos ativos, a Log deve seguir expandindo seu portfólio. A meta é adicionar 1,5 milhão de m² em ABL até 2024. E 90% dos terrenos necessários para o plano já estão no landbank — o banco de terrenos da empresa.
Mas de onde vem o dinheiro necessário para erguer tantos galpões? Segundo André Vitória, a companhia tem três possíveis fontes de financiamento.
A primeira é a emissão de títulos de dívida. Recentemente a empresa captou R$ 300 milhões via Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) a um custo médio de CDI+1,31%.
Mesmo em meio ao ciclo de alta dos juros, o diretor garante que esta ainda é uma alternativa viável para a Log. “A companhia tem uma alavancagem muito baixa, então conseguimos comportar a dívida dentro do nosso balanço”.
O indicador dívida líquida/EBITDA, que aponta o nível de endividamento da empresa, subiu para 1,8x em março, contra 0,2x há um ano. Mas o custo efetivo das dívidas teve apenas leve alta no período, passando de CDI+1,4% para CDI+1,8% na mesma base de comparação.
Reciclagem é a chave para o crescimento da Log (LOGG3)
Além da emissão de títulos imobiliários, a Log também pode financiar o seu crescimento por meio de uma nova oferta de ações (follow on) na bolsa ou com a “reciclagem” de ativos.
Mas, com o mercado acionário enfrentando tempos mais difíceis, a primeira opção não deve ser posta em prática no futuro próximo, de acordo com Vitória. “Não é algo que deixamos de considerar, mas hoje seria mais difícil em função da pressão e da volatilidade do mercado”.
Já a segunda alternativa, a reciclagem do portfólio, é uma fonte de recursos recorrentes para a estratégia de crescimento da empresa. Vender ativos com valorização para fundos de investimento imobiliário (FIIs), por exemplo, encerra o ciclo de geração de valor dos empreendimentos.
E, mesmo que a situação atual dos FIIs não esteja muito melhor do que a das ações brasileiras, a companhia não teme a falta de compradores. “Atualmente, há uma escassez de ativos de qualidade como os da Log à disposição do mercado, então temos demanda para venda”.
O CFO revelou ainda que, a despeito do cenário macroeconômico, a companhia trará novidades sobre o tema em breve. “Essa estratégia continua em execução e, nessa linha, devemos anunciar nos próximos meses um movimento de reciclagem significativo dentro do negócio.”
Uma noite sobre trilhos: como é a viagem no novo trem noturno da Vale?
Do coração de Minas ao litoral do Espírito Santo, o Trem de Férias da Vale vai transformar rota centenária em uma jornada noturna inédita
Com prejuízo bilionário, Correios aprovam reestruturação que envolve demissões voluntárias e mais. Objetivo é lucro em 2027
Plano prevê crédito de R$ 20 bilhões, venda de ativos e cortes operacionais para tentar reequilibrar as finanças da estatal
Supremo Tribunal Federal já tem data para julgar acordo entre Axia (AXIA3) e a União sobre o poder de voto na ex-Eletrobras; veja
O julgamento acontece após o acordo entre Axia e União sobre poder de voto limitado a 10%
Deixe o Banco do Brasil (BBAS3) de lado: para o Itaú BBA, é hora de olhar para outros dois bancões — e um deles virou o “melhor da bolsa”
Depois da temporada de balanços do terceiro trimestre, o Itaú BBA, que reiterou sua preferência por Nubank (ROXO33) e Bradesco (BBDC4), enquanto rebaixou a indicação do Santander (SANB11) de compra para neutralidade. Já o Banco do Brasil (BBAS3) continua com recomendação neutra
O novo trunfo do Magazine Luiza (MGLU3): por que o BTG Pactual vê alavanca de vendas nesta nova ferramenta da empresa?
O WhatsApp da Lu, lançado no início do mês, pode se tornar uma alavanca de vendas para a varejista, uma vez que já tem mostrado resultados promissores
5 coisas que o novo Gemini faz e você talvez não sabia
Atualização do Gemini melhora desempenho e interpretação de diferentes formatos; veja recursos que podem mudar sua rotina
Vibra (VBBR3) anuncia R$ 850 milhões em JCP; Energisa (ENGI11) e Lavvi (LAVV3) anunciam mais R$ 500 milhões em dividendos
Vibra e Energisa anunciaram ainda aumentos de capital com bonificação em ações; veja os detalhes das distribuições de dividendos e ações
Nvidia (NVDC34) tem resultados acima do esperado no 3T25 e surpreende em guidance; ações sobem no after market
Ações sobem quase 4% no after market; bons resultados vêm em meio a uma onda de temor com uma possível sobrevalorização ou até bolha das ações ligadas à IA
Hora de vender MOTV3? Motiva fecha venda de 20 aeroportos por R$ 11,5 bilhões, mas ação não decola
O valor da operação representa quase um terço dos R$ 32 bilhões de valor de mercado da empresa na bolsa. Analistas do BTG e Safra avaliam a transação
Nem o drible de Vini Jr ajudaria: WePink de Virginia fecha acordo de R$ 5 milhões após denúncias e fica proibida de vender sem estoque
Marca da influenciadora terá que mudar modelo de vendas, reforçar atendimento e adotar controles rígidos após TAC com o MP-GO
Patria dá mais um passo em direção à porta: gestora vende novo bloco de ações da Smart Fit (SMFT3), que entram em leilão na B3
Conforme adiantado pelo Seu Dinheiro em reportagem exclusiva, o Patria está se preparando para zerar sua posição na rede de academias
BRB contratará auditoria externa para apurar fatos da operação Compliance da PF, que investiga o Banco Master
Em comunicado, o banco reafirma seu compromisso com as melhores práticas de governança, transparência e prestação de informações ao mercado
O futuro da Petrobras (PETR4): Margem Equatorial, dividendos e um dilema bilionário
Adriano Pires, sócio-fundador do CBIE e um dos maiores especialistas em energia do país, foi o convidado desta semana do Touros e Ursos para falar de Petrobras
ChatGPT vs. Gemini vs. Llama: qual IA vale mais a pena no seu dia a dia?
A atualização recoloca o Google na disputa com o ChatGPT e o Llama, da Meta; veja o que muda e qual é a melhor IA para cada tipo de tarefa
Magazine Luiza (MGLU3) e Americanas (AMER3) fecham parceria para o e-commerce; veja
Aliança cria uma nova frente no e-commerce e intensifica a competição com Mercado Livre e Casas Bahia
Governador do DF indica Celso Eloi para comandar o BRB; escolha ainda depende da Câmara Legislativa
A nomeação acontece após o afastamento judicial de Paulo Henrique Costa, em meio à operação da PF que mira irregularidades envolvendo o Banco Master
Ele foi o segundo maior banco privado do Brasil e seu jingle resistiu ao tempo, mas não acabou numa boa
Do auge ao colapso: o caso Bamerindus marcou o FGC por décadas como um dos maiores resgates do FGC da história — até o Banco Master
Cedae informa suspensão do pagamento do resgate de CDBs do Banco Master presentes na sua carteira de aplicações
Companhia de saneamento do Rio de Janeiro não informou montante aplicado nos papéis, mas tinha R$ 248 milhões em CDBs do Master ao final do primeiro semestre
A história do banco que patrocinou o boné azul de Ayrton Senna e protagonizou uma das maiores fraudes do mercado financeiro
Banco Nacional: a ascensão, a fraude contábil e a liquidação do banco que virou sinônimo de solidez nos anos 80 e que acabou exposto como protagonista de uma das maiores fraudes da história bancária do país
Oncoclínicas (ONCO3) confirma vencimento antecipado de R$ 433 milhões em CDBs do Banco Master
Ações caem forte no pregão desta terça após liquidação extrajudicial do banco, ao qual o caixa da empresa está exposto
