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JP Morgan corta preços-alvo de cinco incorporadoras da B3, mas ainda recomenda compra e projeta alta de até 43% para três nomes do setor — veja quais são eles

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A alta no preço dos insumos dificulta a vida das construtoras da B3

Quando os fantasmas da construção civil estão à solta, é melhor agir com cautela. Pelo menos é essa a postura do JP Morgan que, de olho na alta da inflação e da taxa Selic, cortou em 16%, na média, o preço-alvo de cinco das principais incorporadoras e construtoras da B3.

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Mesmo as mudanças no Casa Verde e Amarela anunciadas pelo governo na semana passada são consideradas “um alívio de curto prazo” pelo banco de investimentos, segundo relatório divulgado na última sexta-feira (27).

A alta no percentual do subsídio concedido pelo programa permite que as construtoras aumentem os preços dos imóveis. Mas, com a inflação ainda sem mostrar sinais de desaceleração, falha em aliviar a pressão nas margens das empresas.

Passando a faca nas projeções

Com esse cenário dominando as projeções, os analistas baixaram as estimativas financeiras para todo o setor. A previsão para o lucro líquido, por exemplo, recuou 9%, em média, para o segmento de média e alta renda; o corte foi ainda maior, de 28%, para as companhias com foco na classe mais baixa.

Entre as empresas cobertas pelo JP Morgan, Cyrela (CYRE3), Even (EVEN3), EZTec (EZTC3), MRV (MRVE3) e Tenda (TEND3) foram afetadas pela revisão. Confira os novos preços-alvo para dezembro deste ano:

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EmpresaNovo preço-alvoPreço-alvo anteriorPotencial de alta atualizado*
Cyrela (CYRE3)R$ 18,00R$ 23,0030,53%
Even (EVEN3)R$ 6,50R$ 7,5022,64%
EZTec (EZTC3)R$ 21,00R$ 22,0025,52%
MRV (MRVE3)R$ 14,00R$ 16,0043,59%
Tenda (TEND3)R$ 5,00 R$ 9,00-1,38%
*Com base na cotação das ações em 30 de maio, por volta das 13h35

Há esperanças para JP Morgan no setor?

Mas, apesar do corte quase geral — apenas o preço-alvo da Direcional (DIRR3) permaneceu inalterado, em R$ 15,00 — o JP Morgan ainda projeta altas de 30% a 43% e recomenda a compra para três nomes do setor: Cyrela, MRV e a própria Direcional.

Dentro do trio, MRVE3 e CYRE3 são suas favoritas. Para o banco de investimentos, o mix de produtos oferecido pelas companhias ajuda a driblar os desafios impostos pelo cenário de incertezas e turbulência macroeconômica. 

“Estamos privilegiando empresas diversificadas e com subsidiárias que possam gerar valor para os acionistas, como AHS da MRV e CashMe da Cyrela”, escrevem os analistas.

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