A hora da Cielo (CIEL3): três motivos para comprar as ações, segundo o Bank of America
O Bank of America atualizou a modelagem para as ações da Cielo (CIEL3), enxergando potencial de alta de mais de 30% em relação ao preço atual

As ações da Cielo (CIEL3) são, de longe, as estrelas do Ibovespa em 2022: desde o começo do ano, os papéis da companhia já acumulam ganhos de mais de 150% — o índice como um todo sobe "apenas" 11% em 2022. Dito isso, ainda há espaço para que a empresa do setor de meios de pagamento continue avançando na bolsa?
Para o Bank of America, a resposta é sim: a instituição elevou a recomendação para CIEL3, de neutro para compra, e fixou um novo preço-alvo de R$ 7,40 para os ativos; a cotação representa um potencial de valorização de 32% em relação ao fechamento da Cielo na última sexta (8), a R$ 5,60.
E o que justifica essa postura otimista do banco americano? Em relatório, os analistas Mario Pierry, Antonio Ruette, Flavio Yoshida e Ernesto Gabilondo listam três motivos que dão suporte à visão construtiva para as ações da Cielo. Veja abaixo a tese de investimento do BofA:
1. Bom momento operacional e financeiro
No documento, os analistas ponderam que a Cielo (CIEL3) tem mostrado um desempenho surpreendentemente forte nos balanços recentes, uma tendência que pode continuar daqui em diante. Para eles, essa surpresa positiva se deve, em grande parte, a três fatores:
- A venda da MerchantE, em fevereiro, por US$ 290 milhões (R$ 1,5 bilhão, nas cotações da época);
- Crescimento acima do esperado no lado da receita líquida, a partir de uma estratégia bem sucedida de ajuste nos preços; e
- Ganhos de eficiência.
Nesse sentido, o Bank of America elevou sua modelagem financeira para a Cielo: em 2022, o banco agora projeta um lucro líquido de R$ 1,5 bilhão, alta de 8% em relação às estimativas anteriores. Para 2023 e 2024, as previsões são de lucro de R$ 2 bilhões (+32%) e R$ 2,1 bilhões (+27%), respectivamente.
A dinâmica dos balanços, no entanto, não é a única razão pela qual o BofA está otimista com a companhia. Um segundo fator, esse externo à Cielo, também tende a impulsionar os resultados da empresa.
Leia Também
2. Cielo e o limite de tarifa nas transações no débito
No fim de setembro, o Banco Central determinou que haverá novos limites para as tarifas cobradas em operações feitas com cartões pré-pagos e de débito — e essa medida deve trazer impactos positivos à Cielo (CIEL3), de acordo com o Bank of America.
Mas o que vai mudar? A partir de 1º de abril de 2023, cartões pré-pagos — geralmente emitidos por fintechs como Nubank, Acesso e RecargaPay — terão cobrança máxima de 0,7%, enquanto operações de cartões de débito — gerados pelos bancos — terão cobrança de no máximo 0,5%.
A nova norma estabelece limites à tarifa de intercâmbio (TIC), que é a remuneração paga ao emissor do cartão, a cada transação, pelo credenciador do estabelecimento comercial, que é quem aluga as maquininhas aos vendedores.
"Estimamos que as medidas vão gerar um impacto positivo de R$ 230 milhões no resultado líquido da Cielo em 2023, considerando os menores custos de intercâmbio na adquirência (tanto nos cartões de débito quanto nos pré-pagos)", escrevem os analistas, ressaltando que esse efeito ajudará a ofuscar as perdas com as operações de cartões pré-pagos e as menores taxas para a Cateno.
3. Cielo (CIEL3) com múltiplos atrativos
Mesmo com a disparada da Cielo na bolsa em 2022, os analistas do Bank of America ainda consideram que o valuation dos papéis está bastante descontado. No momento, as ações CIEL3 são negociadas com um múltiplo de preço/lucro de 7,4 vezes para 2023, um patamar bastante inferior à média histórica do ativo, de cerca de 11 vezes.
Mesmo levando em conta todos os fatores potencialmente positivos — e a valorização de CIEL3 rumo aos R$ 7,40 —, o banco americano ressalta que o múltiplo de preço/lucro das ações da Cielo permaneceria abaixo de 10 vezes, o que é meio desvio padrão abaixo da média histórica.
"Os maiores riscos para a nossa tese de investimento são a manutenção das taxas de juros em patamares maiores que os projetados — o que pode pressionar os custos de financiamento — e um ambiente mais competitivo de precificação, o que pode afetar as receitas", finalizam os analistas.

Dividendos e JCP: saiba quanto a Multiplan (MULT3) vai pagar dessa vez aos acionistas e quem pode receber
A administradora de shopping center vai pagar proventos aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio; confira os detalhes
Compra do Banco Master: BRB entrega documentação ao BC e exclui R$ 33 bi em ativos para diminuir risco da operação
O Banco Central tem um prazo de 360 dias para analisar a proposta e deliberar pela aprovação ou recusa
Prio (PRIO3): Santander eleva o preço-alvo e vê potencial de valorização de quase 30%, mas recomendação não é tão otimista assim
Analistas incorporaram às ações da petroleira a compra da totalidade do campo Peregrino, mas problemas em outro campo de perfuração acende alerta
Estreia na Nyse pode transformar a JBS (JBSS32) de peso-pesado brasileiro a líder mundial
Os papéis começaram a ser negociados nesta sexta-feira (13); Citi avalia catalisadores para os ativos e diz se é hora de comprar ou de esperar
Minerva (BEEF3) entra como terceira interessada na incorporação da BRF (BRFS3) pela Marfrig (MRFG3); saiba quais são os argumentos contrários
Empresa conseguiu autorização do Cade para contribuir com dados e pareceres técnicos
“Com Trump de volta, o greenwashing perde força”, diz o gestor Fabio Alperowitch sobre nova era climática
Para o gestor da fama re.capital, retorno do republicano à Casa Branca acelera reação dos ativistas legítimos e expõe as empresas oportunistas
Dividendos e JCP: Telefônica (VIVT3), Copasa (CSMG3) e Neoenergia (NEOE3) pagam R$ 1 bilhão em proventos; veja quem tem direito a receber
A maior fatia é da B3, a operadora da bolsa brasileira, que anunciou na noite desta quinta-feira (11) R$ 378,5 milhões em juros sobre capital próprio
Radar ligado: Embraer (EMBR3) prevê demanda global de 10,5 mil aviões em 20 anos; saiba qual região é a líder
A fabricante brasileira de aviões projeta o valor de mercado de todas as novas aeronaves em US$ 680 bilhões, avanço de 6,25% em relação ao ano anterior
Até o Nubank (ROXO34) vai pagar a conta: as empresas financeiras mais afetadas pelas mudanças tributárias do governo
Segundo analistas, os players não bancários, como Nubank, XP e B3, devem ser os principais afetados pelos novos impostos; entenda os efeitos para os balanços dos gigantes do setor
Dividendo de R$ 1,5 bilhão da Rumo (RAIL3) é motivo para ficar com o pé atrás? Os bancos respondem
O provento representa 70% do lucro líquido do último ano e é bem maior do que os R$ 350 milhões distribuídos na última década. Mas como fica a alavancagem?
O sinal de Brasília que faz as ações da Petrobras (PETR4) operarem na contramão do petróleo e subirem mais de 1%
A Prio e a PetroReconcavo operam em queda nesta quinta-feira (12), acompanhando os preços mais baixos do Brent no mercado internacional
Dia dos Namorados: por que nem a solteirice salva apps de relacionamento como Tinder e Bumble da crise de engajamento
Após a pandemia, dating apps tiveram uma queda grande no número de “pretendentes”, que voltaram antigo método de conhecer pessoas no mundo real
Bradesco (BBDC4) surpreende, mas o pior ficou para trás na Cidade de Deus? Mercado aumenta apostas nas ações e diretor revela o que esperar
Ações disparam após balanço e, dentro da recuperação “step by step”, banco mira retomar níveis de rentabilidade (ROE) acima do custo de capital
Despedida da Wilson Sons (PORT3) da bolsa: controladora registra OPA; veja valor por ação
Os acionistas que detém pelo menos 10% das ações em circulação têm 15 dias para requerer a realização de nova avaliação sobre o preço da OPA
A Vamos (VAMO3) está barata demais? Por que Itaú BBA ignora o pessimismo do mercado e prevê 50% de valorização nas ações
Após um evento com os executivos, os analistas do banco reviram suas premissas e projetam crescimento de lucro para 2025 e 2026
A notícia que derruba a Braskem (BRKM5) hoje e coloca as ações da petroquímica entre as maiores baixas do Ibovespa
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, e o empresário Nelson Tanure falaram sobre o futuro da companhia e preocuparam os investidores
T4F (SHOW3) propõe pagar R$ 1,5 milhão para encerrar processo sobre trabalho análogo à escravidão no Lollapalooza, mas CVM rejeita
Em 2023, uma fiscalização identificou que cinco funcionários da Yellow Stripe, contratada da T4F para o festival, estavam dormindo no local em colchonetes de papelão
Em meio ao ânimo com o Minha Casa Minha Vida, CEO da Direcional (DIRR3) fala o que falta para apostar mais pesado na Faixa 4
O Seu Dinheiro conversou com o CEO Ricardo Gontijo sobre a Faixa 4 do Minha Casa Minha Vida, expectativas para a empresa, a Riva, os principais desafios para a companhia e o cenário macro
Petrobras (PETR4) respira: ações resistem à queda do petróleo e seguem entre as maiores altas do Ibovespa hoje
No dia anterior, a estatal foi rebaixada por grandes bancos, que estão de olho das perspectivas para os preços das commodity
AgroGalaxy (AGXY3) reduz prejuízo no 1T25, mas receita despenca 80% em meio à recuperação judicial
Tombo no faturamento decorre do cancelamento da carteira de pedidos da safrinha de milho, tradicionalmente o principal negócio do período para distribuidoras de insumos agrícolas