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Após vender XP, Itaú faz nova aposta em corretoras e investe R$ 650 milhões na Ideal

Logo do Itaú em fachada do banco; vagas de emprego

Um ano depois de decidir vender a participação na XP, o Itaú Unibanco (ITUB4) está de volta ao jogo das plataformas de investimento independentes. O maior banco privado brasileiro anunciou a compra de 50,1% do capital da Ideal.

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O Itaú pagará R$ 650 milhões pelo controle da corretora. A aquisição do controle será realizada com um investimento primário, que vai para o caixa da Ideal, e da aquisição secundária de ações dos atuais sócios.

Essa é a primeira fase do negócio, que será realizado em duas etapas. Daqui a cinco anos, o Itaú poderá exercer o direito de compra do percentual restante (49,9%) do capital social da Ideal.

Nos moldes da transação com a XP, a gestão e a condução dos negócios da Ideal continuarão autônomas em relação ao Itaú. Ou seja, a Ideal continuará atendendo seus clientes e o Itaú Unibanco não terá exclusividade na prestação de serviços.

Quem é a Ideal

Os investidores pessoas físicas conhecem bem as plataformas de investimento como XP, Genial, BTG Pactual Digital, Vitreo e outras. Mas a maioria provavelmente desconhece a Ideal, adquirida agora pelo Itaú.

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Isso porque a corretora cresceu atendendo os grandes investidores institucionais. Criada há apenas três anos, a Ideal rapidamente chegou às primeiras posições em volume de negócios na B3.

Em 2020, a Ideal recebeu um investimento de R$ 100 milhões do fundo Kaszek, investidor de outras fintechs de sucesso, como Nubank e Creditas.

Embora seja novata, a Ideal conta com um time de executivos experientes de mercado e "empreendedores em série". Antes da corretora, eles já haviam criado a Link, vendida para o banco suíço UBS em 2013.

Nilson Monteiro, CEO da Ideal, permanecerá no comando da corretora, assim como os demais sócios-fundadores da companhia.

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O que quer o Itaú com a Ideal

Com a aquisição da Ideal, o Itaú volta a ter um cavalo na corrida das plataformas de investimento. Embora a corretora atenda principalmente o público institucional, o banco enxerga o negócio como uma forma de avançar no mercado de pessoas físicas.

O banco aposta, por exemplo, na oferta de produtos e serviços financeiros (“broker as a service”) pela Ideal em modelo "B2B2C" por meio da plataforma "white label". Ou seja, outras plataformas usando sua própria marca, mas com a infraestrutura da Ideal.

Outra aposta do Itaú é na possível aceleração da entrada no mercado de agentes autônomos de investimentos, o modelo que permitiu o crescimento da XP.

Vale lembrar que a aquisição da Ideal ainda precisa passar pela aprovação do Cade e do Banco Central. Foi justamente nessa fase que a compra da participação na XP começou a fazer água.

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