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Powell vê ‘amplo apoio’ para o Fed repetir a dose no aumento de juros; conheça as expectativas do presidente do BC americano

Jerome Powell em audiência no Congresso americano

Presidente do Federal Reserve, Jerome Powell disse que há amplo apoio entre os membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) por um novo aumento de 50 pontos-base do juro na reunião do mês que vem.

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Segundo ele, o BC americano entende que este momento requer foco em levar a inflação de volta à meta de 2% ao ano, e o Fed vai continuar apertando sua política monetária até ver sinais claros de arrefecimento dos preços.

"Este não é um momento para termos leituras tremendamente detalhadas sobre inflação. Precisamos que ela abaixe de uma forma convincente", argumentou Powell.

O banqueiro central afirmou, inclusive, que o Fed será mais agressivo caso o movimento dos preços não desacelere à medida que o aperto monetário avança. Desta forma, caso seja necessário, o juro básico pode ir além da taxa neutra.

Powell disse que não há confiança suficiente, porém, para definir qual será o nível neutro dos Fed funds, uma vez que o ambiente atual impõe muito incerteza, com choques globais afetando a economia americana. "As coisas estão tão incertas que é difícil oferecer um Forward Guidande neste momento", ressaltou.

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Dores do crescimento

Reduzir a forte inflação nos EUA, que recentemente atingiu seu maior nível em quatro décadas, será uma "tarefa desafiadora" e que provocará algum dano à economia, segundo Powell.

O dirigente ainda argumentou que a economia norte-americana está forte o suficiente para suportar o aperto monetário, mesmo que para controlar os preços seja necessário enfraquecer o crescimento.

"Pode haver alguma dor envolvida, mas achamos que poderemos manter o mercado de trabalho forte, com baixo desemprego e crescimento salarial" mais modesto, afirmou Powell.

Segundo ele, a economia não vai evoluir perfeitamente sem que o BC retome a estabilidade de preços.

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Mercado de trabalho

Powell destacou que o mercado de trabalho nos EUA está desequilibrado, com cerca de duas vagas de emprego disponíveis para cada trabalhador fora da força de trabalho, algo "inédito", de acordo com ele.

Neste contexto, a taxa de desemprego "natural" deve estar bem acima da atual, de 3,6%, ao mesmo tempo em que os níveis salariais sobem em ritmo incosistente à meta inflacionária do Fed, disse.

O presidente do BC dos EUA ainda comemorou o que ele considera ser uma boa resposta dos mercados à ação do Fed, e negou que a entidade monetária tenha começado o aperto monetário tarde demais. "Nos movemos rapidamente assim que inflação deixou de corroborar nossas expectativas", completou.

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