A semana curta de Carnaval não teve folia, pelo contrário. O Brasil e o mundo ficaram de olhos fixos na invasão da Rússia à Ucrânia. Mas os brasileiros sextaram com pelo menos uma notícia boa: o Produto Interno Bruto (PIB) de 2021 cresceu um pouco acima do esperado pelo mercado.
Com alta de 4,6%, ligeiramente superior à mediana das projeções dos analistas consultados pelo Broadcast, que era de 4,5%, o PIB refletiu uma forte recuperação no quarto trimestre; mas o desempenho do comércio e da indústria no período preocupam.
Apesar do crescimento forte no ano passado - já esperado após o mau desempenho de 2020, ocasionado pela pandemia - a perspectiva do mercado para a economia em 2022 não é nada animadora. Por enquanto, as previsões são de PIB estagnado neste ano.
O PIB vai mesmo ficar no zero a zero?
Mas estes não são tempos para os fracos de coração. A uma pandemia seguiu-se uma guerra com a capacidade de impactar a economia mundial ainda de formas não muito previsíveis. Então a verdade é que, até o fim do ano, tudo é possível.
Há em jogo pressões inflacionárias e desinflacionárias; os bancos centrais do mundo devem dar continuidade ao seu aperto monetário, mas agora não se sabe ao certo se poderão apertar tanto quanto o esperado; e a economia brasileira pode se beneficiar da alta das commodities provocada pelo conflito, mas ao mesmo tempo se vê ameaçada pelo aumento de preços que deve chegar ao bolso do consumidor.
Afinal, a economia brasileira vai mesmo ficar estagnada neste ano? Como a surpresa positiva com o PIB de 2021 e os fatores que podem afetar o crescimento em 2022 mexem com os seus investimentos? Esse foi o tema do podcast Touros e Ursos do Seu Dinheiro nesta semana. Dá o play!