Mais um ETF de criptomoedas aterrissa na bolsa brasileira. O DEFI11, da Hashdex, pretende garantir exposição ao ecossistema de finanças descentralizadas, ou DeFi em inglês, como o próprio nome do fundo sugere.
O pouso do novo ETF na B3 está previsto para fevereiro. O período de reservas, cuja cota será negociada inicialmente por cerca de R$ 50, começa nesta terça-feira (18).
Uma das gestoras pioneiras no mundo das criptomoedas, a Hashdex já listou na B3 outros três ETFs de criptoativos além do DEFI11, que é o primeiro do gênero.
A gestora carioca é responsável pelo HASH11, ETF que segue um índice de criptomoedas criado pela própria Hashdex e pela Nasdaq, além do BITH11 e o ETHE11 investem em bitcoin e ether, respectivamente. Eles têm a companhia de outros dois ETFs cripto na bolsa brasileira, o QBTC11 e QETH11, da gestora QR Asset Management.
O que são finanças descentralizadas?
Quem responde essa pergunta é CEO da Hashdex, Marcelo Sampaio. “As finanças descentralizadas nada mais são que aplicações baseadas em blockchain e contratos inteligentes que viabilizam a criação de uma nova infraestrutura para os serviços financeiros tradicionais, como empréstimos, seguros e transações de valores”.
Segundo Sampaio, investir em DeFi é o mesmo que investir nas fintechs do futuro. “É um mercado muito promissor que, por conta de suas tecnologias disruptivas, pode crescer exponencialmente nos próximos anos”, afirma.
As criptomoedas ligadas a DeFi também estão entre as apostas dos especialistas ouvidos no especial Onde Investir em 2022 do Seu Dinheiro.
Detalhes do novo ETF cripto
Desenvolvido em parceria com o provedor de índices CF Benchmarks, o DEFI11 replica o desempenho do "CF DeFi Modified Composite Index", que busca representar o mercado de finanças descentralizadas.
Inicialmente, o índice deve contar com 12 ativos, divididos em três categorias. São elas:
- Protocolos DeFi que oferecem soluções práticas e modernas para serviços financeiros: Unisawap, AAVE, Compound, Maker, Yearn, Curve, Synthetix e AMP;
- Protocolos de Suporte, que auxiliam protocolos DeFi com serviços de armazenamento e consulta de dados, verificação de identidade e soluções de escalabilidade: Polygon, Chainling e The Graph;
- Plataformas de Registro, blockchain nas quais as transações são validadas e registradas: rede Ethereum.
A XP, o Itaú BBA e o Banco Genial serão os coordenadores da oferta do novo ETF, que terá taxa de administração total de 1,3%.