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CVM prepara novas regras para fundos, e pessoa física terá acesso a investimentos hoje restritos a milionários; veja o que muda

Site da CVM

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A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) prepara, desde 2020, uma revisão das regulações que regem os fundos de investimento no Brasil. E, agora, finalmente, as novas regras serão divulgadas, e isso deve acontecer até o fim deste ano.

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Em workshop para jornalistas realizado nesta terça-feira (06), a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) adiantou algumas das mudanças que serão anunciadas pela CVM nas regras dos fundos de investimento e como elas devem afetar os cotistas, inclusive as pessoas físicas que investem nesses veículos.

As alterações serão feitas nas Instruções CVM de números 555 e 356. A primeira rege os fundos de investimento, e a segunda é a legislação específica concernente aos Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs).

FIDCs para qualquer investidor

A principal mudança que diz respeito aos investidores pessoas físicas certamente é a abertura dos FIDCs ao público em geral, incluindo o varejo. Hoje, esses fundos são restritos aos chamados investidores qualificados, aqueles que têm, no mínimo, R$ 1 milhão em aplicações financeiras e/ou algum tipo de certificação profissional do mercado de capitais.

Os FIDCs são fundos que investem, como o próprio nome diz, em direitos creditórios, recebíveis transformados em ativos, que podem ser negociados no mercado financeiro.

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Os recebíveis são os direitos de receber algum fluxo de pagamentos - por exemplo, de receber os pagamentos parcelados de uma loja, que justamente vende esses direitos a investidores com desconto a fim de antecipar o recebimento daquilo que seus clientes lhe devem.

Mas há outras mudanças nas regras de funcionamento dos fundos, principalmente no que diz respeito às responsabilidades dos cotistas e das instituições financeiras envolvidas. As principais são:

Na audiência pública que tratou da atualização das normas dos fundos, a Anbima propôs ainda que cada prestador de serviço ficasse responsável apenas pelas suas funções, não havendo mais necessariamente a corresponsabilidade da administradora. Mas a minuta da CVM trouxe uma série de situações em que a solidariedade deve existir entre os prestadores, principalmente no caso dos fundos de varejo.

*Matéria atualizada em 07/12/2022 com correção da Anbima a respeito da responsabilidade dos prestadores de serviço dos fundos na nova regra.

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