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China contra a parede: Otan manda recado sobre ajuda à Rússia na guerra

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, aperta as mãos do presidente da China, Xi Jinping

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente da China, Xi Jinping

Primeiro foi o presidente da Rússia, Vladimir Putin, a dar um puxão de orelha no colega norte-americano, Joe Biden. Agora é a vez da China entrar na fila do cartão amarelo da guerra na Ucrânia

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Reunidos nesta quinta-feira (24) em Bruxelas, os chefões dos países que fazem parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) advertiram a China contra o fornecimento de assistência militar à Rússia na ofensiva contra a Ucrânia. 

Os líderes se disseram preocupados com comentários recentes de autoridades chinesas e pediram que Pequim pare de amplificar as "narrativas falsas do Kremlin" sobre a guerra e a Otan, e promova uma resolução pacífica do conflito.

"Apelamos a todos os Estados, incluindo a República Popular da China (RPC), a defender a ordem internacional, incluindo os princípios de soberania e integridade territorial", disseram em nota. 

Eles também pediram que os países se abstenham de ajudar a Rússia a contornar as sanções internacionais.

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China não fica calada

A China demorou para se manifestar sobre a invasão russa à Ucrânia, que hoje completa um mês, e desde que o fez, vem adotando um posicionamento favorável à diplomacia para a resolução do conflito. 

Mas hoje Pequim não se calou diante da pressão cada vez maior que o Ocidente vem fazendo para a condenação de uma tradicional aliada, a Rússia. 

O embaixador da China nas Nações Unidas (ONU), Zhang Jun, disse nesta quinta-feira que "nenhum país deve ser obrigado a escolher um lado" no conflito na Ucrânia. 

Sem caracterizar a questão geopolítica como uma guerra, Zhang garantiu que seu país continuará a ter "papel construtivo" nas conversas por paz.

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"Os países em desenvolvimento, a maior parte do mundo, não fazem parte do conflito e não deveriam [...] ser forçados a lidar com consequências de jogos de forças maiores", afirmou o diplomata. 

Sem críticas à Rússia, Zhang disse ainda que a "soberania de todos os países deve ser respeitada".

Guerra de fake news

Além de defender a diplomacia para o fim da guerra na Ucrânia, a China também rejeitou acusações de que ajuda a Rússia a disseminar informações falsas sobre o envolvimento dos Estados Unidos na Ucrânia.

"Acusar a China de disseminar informação mentirosa é uma desinformação em si", afirmou Wang Wenbin, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, durante entrevista coletiva regular. 

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Segundo ele, a China age "de maneira objetiva e justa".

Wang também aproveitou para alfinetar os norte-americanos. Ele disse que a comunidade internacional continua a ter graves preocupações sobre laboratórios biológicos dos Estados Unidos na Ucrânia. 

Para o porta-voz chinês, Washington "deveria fazer sérios esclarecimentos sobre se isso é ou não desinformação".

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