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BlackRock: CEO Larry Fink aponta que Brasil e México podem se beneficiar de choques na cadeia de suprimentos causados pela guerra

Larry Fink, CEO da gestora BlackRock

Larry Fink, CEO da gestora BlackRock, durante evento online promovido pela gestora

Os impactos nas cadeias de suprimento de energia e alimentos com a invasão da Rússia na Ucrânia podem oferecer uma janela de oportunidade para países da América Latina - especificamente o Brasil e o México.

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Essa é a avaliação do presidente executivo da BlackRock, Larry Fink, que participou da abertura de um evento promovido pela gestora nesta segunda-feira (4).

"Se as economias do Brasil, do México, etc, focarem e disserem 'estamos abertos para negócios', vamos ver mais companhias transferindo suas operações para lá", avalia Fink.

A guerra trouxe um choque de oferta de energia e também de alimentos, o que fez as empresas reavaliarem quão dependentes são de um país, segundo Fink. A Rússia é o terceiro maior produtor de petróleo do mundo e também fornece cerca de 40% do gás utilizado na Europa. Já a Ucrânia é o quarto maior exportador de trigo e milho do mundo.

"Deveríamos ser tão dependentes de um país? Acredito que isso [a guerra] irá redesenhar todas as cadeias de suprimento", aponta o chefe da BlackRock.

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Dessa forma, caberia à América Latina prover parte da oferta que a Ucrânia e a Rússia não poderão fornecer. Fink ressalta que o México, devido à proximidade geográfica dos Estados Unidos, seria um grande beneficiário se trabalharem em direção a esse objetivo.

Transição energética = inflação

Por outro lado, essa reavaliação das cadeias de suprimento provoca inflação no curto prazo. Dessa forma, com a guerra fazendo os preços do barril de petróleo dispararem, quem acelera também é o processo de descarbonização, segundo Fink.

"Hoje, o gás natural na Alemanha está custando 35 dólares. Nos EUA, subiu de 2 para 5. O caminho da descarbonização tem esse preço, o preço que a Alemanha paga", exemplifica.

Enquanto os europeus tentam achar um ponto de equilíbrio em relação à Rússia, constroem mais cadeias de suprimentos e menor dependência.

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"Cinco ou seis anos depois, isso pode ser deflacionário, conforme aumentamos a capacidade produtiva", aponta Fink.

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