Pouco mais de três meses após decretar falência, o fundo de criptomoedas Three Arrows Capital (3AC) volta ao noticiário. Não por haver alguma novidade no caso, mas porque agora pesos-pesados da regulação dos Estados Unidos passaram a olhar para os gestores.
A Commodity Futures Trading Commission (CFTC) e a SEC, a CVM americana, entendem que o fundo quebrou algumas regras de segurança do mercado.
O 3AC foi considerado uma das maiores gestoras de criptomoedas da história recente, mas acabou colapsando após o desaparecimento do protocolo Terra (LUNA).
Agora, o CFTC e a SEC procuram entender se a empresa enganou os investidores, em especial no que diz respeito à transparência dos seus ativos sob custódia. Além disso, os credores acreditam que o fundo ainda possui bilhões em investimentos, mesmo após o colapso.
Three Arrows Capital: o histórico da queda
Tudo começou com o desaparecimento do protocolo Terra, a criptomoeda que entrou em uma “espiral da morte” e implodiu, levando consigo a criptomoeda Terra (LUNA) e a stablecoin TerraUSD (USDT).
A partir daquele momento, houve uma crise de liquidez no mercado. Plataformas como a Celsius, Voyager Digital e o fundo 3AC viram seu caixa se esvaziar e colocar em risco seus negócios.
No auge dos seus negócios, o balanço do fundo era estimado em alguns bilhões de dólares. As operações alavancadas e altamente arriscadas permitiram um crescimento acelerado do Three Arrows Capital, mas o Longo Inverno Cripto colocou o modelo de negócio em xeque.
E o futuro…
Se a CFTC e a SEC entenderem que houve negligência da empresa nesse caso, as penalidades podem incluir multas e represálias contra o 3AC e contra os responsáveis.
Mas encontrá-los pode não ser uma tarefa fácil. Os fundadores do Three Arrows, Su Zhu e Kyle Davies, estavam desaparecidos até poucos meses atrás e o contato com ambos segue limitado a poucas palavras de seus representantes legais.
*Com informações da Bloomberg