O Mercado Livre anunciou na manhã desta quinta-feira (18) o lançamento da sua criptomoeda, o Mercado Coin, na plataforma do Mercado Pago — o braço financeiro da varejista no setor de pagamentos.
Atualmente, a plataforma já permite a compra de bitcoin (BTC), ethereum (ETH) e Pax Dollar (USDP), a stablecoin da Paxos — empresa que faz a intermediação entre o universo das criptomoedas e o Mercado Pago desde dezembro do ano passado.
A criptomoeda ainda será lançada oficialmente na plataforma ao longo dos próximos meses, com a cotação de US$ 0,10 (cerca de R$ 0,50).
O cliente não precisará criar uma conta no Mercado Pago para ter acesso aos tokens Mercado Coin: as compras no Mercado Livre acumularão pontos como “milhas” no próprio aplicativo.
Esses tokens serão acumulados e poderão ser utilizados em novas compras no marketplace.
Mercado Livre: de cabeça no universo das criptomoedas
Quem auxiliará o Mercado Livre com a custódia das criptomoedas será a corretora (exchange) Ripio, uma das maiores plataformas de criptoativos da América Latina.
O Brasil será o pioneiro nesse tipo de sistema, mas o plano é levar para outros países. A segurança das operações também estará garantida porque o token Mercado Coin será emitido na blockchain do ethereum (ETH), a segunda maior criptomoeda do mundo.
Ele será um token do tipo ERC 20, um dos modelos mais utilizados no mundo.
Cashback em cripto: vale a pena?
Receber descontos é sempre atrativo para o usuário de qualquer aplicativo. A inclinação para o mercado de criptomoedas pode ser ainda mais interessante conforme os usos do Mercado Coin forem sendo ampliados.
Por enquanto, apenas o cashback pode ser pouco atrativo para os clientes — ainda mais os que não querem se meter com moedas digitais.
Entretanto, se houver a possibilidade de trocar esses tokens por outras criptomoedas, essa pode ser uma maneira de incentivar novos clientes no mercado cripto — e claro, na plataforma do Mercado Pago.
Não torça o nariz para o Mercado Livre
Alguns usuários mais antigos do universo das criptomoedas podem não gostar da ideia de uma criptomoeda emitida por uma empresa privada — da mesma maneira que olham com ceticismo para stablecoins e CDBCs, as criptomoedas de Bancos Centrais.
Mas essas podem ser alternativas para quem não quer encarar a volatilidade de outras criptomoedas como o bitcoin, além de ser uma porta de entrada segura nesse universo.