Site icon Seu Dinheiro

Por que o ex-CEO da FTX foi preso, e Do Kwon está livre gastando o dinheiro das criptomoedas dos investidores na Sérvia?

Sam Bankman-Fried e Do Kwon por que um está preso pela quebra da FTX e o outro livre após o colapso da criptomoeda Terra (LUNA)

Os investidores em criptomoedas amanheceram com a notícia da prisão do ex-CEO da FTX. Sam Bankman-Fried, conhecido como SBF, foi preso nas Bahamas em cumprimento a um mandado de prisão expedido pelos Estados Unidos. Mas a história de SBF é muito diferente da de outro nome conhecido do mercado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Do Kwon, fundador do protocolo Terra (LUNA), segue livre — ou algo próximo disso. Em 14 de setembro deste ano, cerca de três meses após o colapso da criptomoeda, a Coreia do Sul emitiu um mandado de prisão contra Kwon.

Não demorou muito para que o fracassado criador da rede Terra fizesse as malas. Afinal, a partir daquele momento, Kwon seria procurado em 195 países após um pedido de ajuda da polícia federal sul-coreana.

Mas o fundador da Terra conseguiu escapar por Singapura, fez escala em Dubai e agora está na Sérvia. Segundo o portal Decrypt, não há parceria entre o país europeu e a Coreia do Sul para realizar a extradição de Kwon, que segue na condição de foragido da polícia. 

E por onde andava SBF, ex-FTX?

A sede oficial da FTX está localizada nas Bahamas, país caribenho pertencente à Comunidade Britânica onde SBF reside há alguns anos. O fato de ter sido preso nas Bahamas não é garantia de que ele testemunhará no Congresso norte-americano ou que enfrentará a Justiça estadunidense tão cedo. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Bankman-Fried foi preso nas Bahamas, mas não há acusação formal contra ele no país, o que dificulta a extradição para os EUA. Ainda há a expectativa de que outras nações abram pedidos de investigação contra SBF devido aos efeitos nocivos da quebra da FTX nos mercados internacionais de criptomoedas — mas nem isso é garantido também.

Casos parecidos

Ambos os casos têm origens e resultados parecidos. A má gestão dos fundos e o impacto no mercado global de criptomoedas são alguns deles.

Começando pelo mais antigo, o protocolo Terra entrou em uma espiral da morte após a desvalorização do token em meio ao inverno cripto. Tanto a criptomoeda Terra (LUNA) quanto a stablecoin TerraUSD (USDT) desapareceram e enxugaram a liquidez dos mercados.

Já a FTX viveu algo parecido, mas com efeitos um pouco diferentes. Tudo começou com uma reportagem da CoinDesk segundo a qual os recursos dos investidores na corretora estavam sendo usados para operações alavancadas na Alameda Research, segmento de investimentos do mesmo grupo da exchange.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Além dos recursos dos clientes, o token nativo da corretora, o FTT, estava sendo usado como garantia dos depósitos dos investidores. Uma desvalorização relâmpago do token fez com que a empresa caísse em desgraça e entrasse com o pedido de recuperação judicial, o chamado chapter 11.

Exit mobile version