O mercado brasileiro acaba de ganhar mais um fundo de índice (ETF, na sigla em inglês) relacionado ao mercado de criptomoedas. Dessa vez, foi a vez da Vitreo, que em breve passará a adotar a marca Empiricus Investimentos, entrar no promissor ramo de investimentos em moedas digitais.
O novo ETF da B3 terá o ticker CRPT11, com exposição a 20 ativos do mercado de criptomoedas, incluindo moedas relacionadas ao metaverso, às finanças descentralizadas (DeFis), jogos em NFT, como o Axie Infinity (AXS) e, é claro, bitcoin (BTC).
Por volta de 16h35, o CRPT11 registrava queda de 6,44%, cotado a R$ 9,00, em linha com o momento ruim do mercado cripto.
Composição e taxas do CRPT11
Diferentemente dos nossos vizinhos norte-americanos, que ainda não têm à disposição um ETF de preço à vista de bitcoin, o nosso mercado é bem diversificado nesse quesito.
Já são nove fundos de índice que investem em NFTs, DeFis, Web 3.0 e mono ativos — com exposição ao BTC e ao ethereum (ETH), a segunda maior criptomoeda do mundo.
A principal diferença entre o ETF da Vitreo/Empiricus e os demais vem do índice de referência, que tem rebalanceamento mensal. Com taxa de administração de 0,75% ao ano, o CRPT11 segue a carteira do índice Empiricus Teva Criptomoedas Top 20.
Outros ETFs são corrigidos em períodos de tempo maiores, como é o caso do HASH11 cada três meses.
No caso do CRPT11, serão 20 ativos digitais, com os seguintes pesos:
- Bitcoin (BTC): 58,91%
- Ethereum (ETH): 27,63%
- Solana (SOL): 2,38%
- Terra (LUNA): 2,28%
- Cardano (ADA): 2,11%
- Polkadot (DOT): 1,33%
- Avalanche (AVAX): 1,25%
- Polygon (MATIC): 0,60%
- Cosmos Hub (ATOM): 0,44%
- ApeCoin (APE): 0,47%
- Chainlink (LINK): 0,43%
- Stellar (XLM): 0,36%
- Algorand (ALGO): 0,34%
- Uniswap (UNI): 0,27%
- Internet Computer (ICP): 0,23%
- Filecoin (FIL): 0,23%
- The Sandbox(SAND): 0,19%
- Tezos (XTZ): 0,19%
- Axie Infinity (AXS): 0,19%
- Decentraland (MANA): 0,18%
É um bom momento para um ETF?
Na conversa com Vinícius Bazan, analista de criptomoedas da Empiricus e coordenador do lançamento desse novo fundo, ele destaca que o mercado brasileiro está crescendo — e nem mesmo a queda recente do bitcoin irá atrapalhar os planos.
“É difícil saber qual o melhor momento para lançar um novo produto no mercado, mas nós acreditamos que o investidor pode aproveitar os descontos das criptomoedas e investir em um ativo negociado em bolsa”
Vinicius Bazan, analista da Empiricus
Além disso, ele ressalta a importância de manter uma carteira equilibrada em ativos digitais, não ultrapassando 5% do total dos seus investimentos.
As várias partes de um mesmo ETF
A diversificação de uma carteira pode limitar as perdas em momentos de tensão do mercado, e o mesmo acontece com as criptomoedas. Por isso, os itens que compõem o CRPT11 fornecem exposição aos mais diversos segmentos do mercado cripto.
E o peso deles no índice é de caso pensado: a maior parcela vai para bitcoin e ethereum, e o restante é dividido entre os demais projetos. “Queremos aproveitar o potencial desse mercado, mas sempre com muita segurança para o investidor.”