Bitcoin (BTC) e dogecoin (DOGE) lideram altas entre as maiores criptos do mundo, enquanto ethereum (ETH) perde o fôlego

Pode até ser inverno por aqui, mas os investidores de bitcoin (BTC) estão prontos para abrir mão dos casacos e botas nesta quarta-feira (20) e deixar para trás o longo inverno que o mercado de criptomoedas enfrenta há algum tempo. 

Apesar de não haver um consenso entre os analistas sobre quanto tempo durarão os ganhos recentes dos ativos digitais, as maiores criptomoedas do mundo não parecem nem um pouco interessadas em desacelerar o rali iniciado no fim de semana. 

A começar pelo bitcoin. A moeda, que esteve em queda acentuada durante oito meses — desde as máximas de US$ 69 mil em meados de novembro do ano passado — acumulou valorização de 23,12% em uma semana, sendo 2,21% de avanço só nas últimas 24 horas, negociado a US$ 23.866,98 por volta das 13h40.

Mas existe um ativo com um desempenho ainda superior ao do BTC nos últimos sete dias. Com as expectativas cada vez maiores em torno da grande fusão (ou The Merge), o ethereum disparou 48,43% no período, apesar de ter perdido gás nas últimas horas. Em 24 horas, ETH opera perto da estabilidade, com leve recuo de 0,07%, cotado a US$ 1.573,02.

Outra moeda virtual ainda se destaca hoje. Com uma alta robusta tanto quanto as polêmicas em que está envolvida, a dogecoin (DOGE) — sim, a moeda-meme favorita de Elon Musk, apesar de acusações de esquema de pirâmide — subiu 21,83% em sete dias e 4,79% só no último dia.

Confira o desempenho das dez maiores criptomoedas do mercado hoje:

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Por que o bitcoin e o mercado de criptomoedas subiram tanto?

A alta no universo de criptomoedas, entretanto, não acontece apenas nos três ativos citados acima. Como as duas maiores redes entraram em uma verdadeira corrida de touros, o resto do mercado apertou os cintos e seguiu o embalo do ethereum e bitcoin.

Esse otimismo no mercado cripto começou já na sexta-feira (15), um dia após Tim Beiko, da Ethereum Foundation, estabelecer uma data provisória para o grande lançamento da atualização do ethereum.

Marcada para 19 de setembro, a chamada Ethereum 2.0, ou grande fusão, será uma das maiores e mais importantes atualizações da rede.

Depois da fusão ter sido adiada diversas vezes — para ser mais exata, seis vezes —, o mercado animou-se com o que parece ser mais um passo em direção à versão final da rede.

O analista de criptomoedas da VG Research, Felipe Fernandez, acredita que a confirmação da data para atualização na última rede de testes (Goerli) da rede Ethereum, agendada para o dia 10 de agosto, reforça ainda mais a data proposta por Tim.

A grande fusão do ethereum (ETH)

A expectativa é de que The Merge (“A Fusão”, em tradução livre) traga eficiência energética para a segunda maior criptomoeda do mundo, além de permitir a escalabilidade (crescimento) da rede de maneira mais segura — e é um dos destaques do segundo semestre para o mercado de moedas digitais.

São três pontos principais:

• Eficiência energética, com a migração do sistema de proof-of-work (PoW, ou “prova de trabalho”) para proof-of-stake (PoS, ou “prova de participação”);
• Redução nas taxas de transação mais baixas, que podem chegar facilmente aos US$ 100 na média e dificultam o crescimento da rede;
• Maior velocidade de transação.

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