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Bitcoin (BTC) supera o revés provocado por lei da União Europeia e passa de US$ 46 mil; veja como operam as principais criptomoedas

Bitcoin (BTC) sofre ajuste hoje e criptomoedas acompanham

O primeiro dia de abril começou com o pé esquerdo para o bitcoin (BTC) e outras criptomoedas, depois que o parlamento europeu — responsável por várias decisões na União Europeia — votou a favor de uma lei contra o semi-anonimato das carteiras digitais (wallets) de criptomoedas.

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Mas, o que poderia ser um dia ruim no universo cripto, acabou ganhando novos contornos no início da noite, com o avanço das moedas digitais. 

Depois de uma manhã marcada por baixas, as principais criptomoedas do mundo se alinharam com as bolsas internacionais, que fecharam esta sexta-feira (01) em alta. Por volta de 20h15 , o bitcoin (BTC) subia 1,00%, a US$ 46.294,66

NomePreço24h %7d%
Bitcoin (BTC)US$ 46.294,66+1,00%+4,35%
Ethereum (ETH)US$ 3.443,61+4,59%+10,84%
Tether (USDT)US$ 1,00+0,01%- 0,01%
BNB (BNB)US$ 444,90+3,14%+8,27%
Fonte: CoinMarketCap

Bitcoin contra União Europeia

A proposta da UE vem na esteira de uma série de medidas contra a lavagem de dinheiro no bloco. O objetivo é identificar transações de até mil euros (cerca de R$ 5.100), além de estabelecer diretrizes para pagamentos em criptomoedas. 

Segundo o Coindesk, mesmo pequenos pagamentos em estabelecimentos devem ser identificados, seja por wallets privadas ou atreladas a corretoras de cripto (exchanges). 

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Entretanto, a medida foi questionada por autoridades desse mercado, como o próprio CEO da Coinbase, Brian Armstrong. Em sua conta no twitter, o presidente de uma das maiores exchanges do mundo fala sobre o problema da identificação dessas transações.

Anonimato nas corretoras? Nem tanto

Como Armstrong afirmou, para qualquer transação acima de mil euros, as corretoras deverão “coletar, armazenar e verificar” informações pessoais dos clientes e das carteiras que receberão a transferência.

Atualmente, esse sistema não é padronizado entre as exchanges estrangeiras. No Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) é uma das diretrizes para a coleta e armazenamento dessas informações. 

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Contudo, uma parcela significativa dessas exchanges faz a gestão desses dados, o que não seria um problema a priori para quem utiliza corretoras. 

O problema das wallets de criptomoedas e bitcoin

No entanto, as criptomoedas surgiram justamente com o intuito de serem métodos de transferência de dinheiro praticamente anônimas — tecnicamente falando, é possível identificar as wallets, mas não seus donos; por isso, é preferível dizer que as carteiras são “semi-anônimas”.

A identificação dessas wallets é considerada uma invasão de privacidade por parte dos usuários de criptomoedas. Uma comparação utilizada pelos entusiastas de cripto é com o prontuário médico de um paciente: ele tem o direito de não revelar as informações sobre seu histórico de saúde.

Pisando no calo dos russos

O legislativo europeu já havia declarado que estava de olho nas transações em criptomoedas por causa das sanções econômicas à Rússia. O país se vale de moedas digitais para escapar das punições dos EUA e da UE. 

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Não está claro se a medida visa reprimir transferências para russos ou ucranianos, contudo a possibilidade de atingir esse objetivo é alta.

Papo Cripto #015 — a lei no bitcoin

Além do texto de hoje, confira o nosso Papo Cripto com o advogado Rodrigo Caldas de Carvalho Borges, sócio no escritório Carvalho Borges Araujo.

No episódio, ele comenta a evolução da regulação das criptomoedas e como isso afeta o investidor em todo mundo.

Confira:

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