Assim como os principais índices de Wall Street, o mercado de criptomoedas sente os efeitos da ressaca pós-Federal Reserve nesta quinta-feira (18). O bitcoin (BTC), por exemplo, por volta das 20h25, registra apenas uma leve alta hoje e acumula um recuo de 2,4% na semana.
Já o ethereum (ETH) vence a letargia do mercado ainda com a ajuda dos impulsos da The Merge. Os investidores “descobriram” o que a atualização" fará com o ativo e abriram uma janela de oportunidade, segundo Felipe Medeiros, analista de criptomoedas e sócio da Quantzed Cripos.
Veja como operam as principaais moedas digitais:
Nome | Preço | 24h % | 7d % |
---|---|---|---|
Bitcoin (BTC) | US$ 23.332,99 | +0,10% | -2,40% |
Ethereum (ETH) | US$ 1.863,18 | +1,93% | -0,43% |
Tether (USDT) | US$ 1 | -0,01% | -0,04% |
USD Coin (USDC) | US$ 0,9999 | -0,01% | -0,01% |
BNB (BNB) | US$ 301,76 | -1,24% | -6,37% |
Fed apertou e o bitcoin e outras criptomoedas sentiram
O Federal Reserve entende que o ciclo de alta nos juros deve continuar por mais tempo, segundo a publicação mais recente do Banco Central americano. Pelo menos, até o arrefecimento da inflação no país, que está nas máximas em mais de 40 anos.
Traduzindo: isso quer dizer que o período de dinheiro mais caro — que quer dizer que a tomada de crédito estará cada vez mais difícil, no jargão do mercado — deve continuar por mais algum tempo.
Esse cenário manterá ações de tecnologia e criptomoedas pressionadas enquanto a tomada de dinheiro não ficar mais fácil — dificilmente, ambos investimentos voltarão a buscar suas respectivas máximas históricas no período.
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Ethereum, você mentiu?
Quem se contrapõe à fraqueza do mercado hoje é o ethereum. Na última semana, os desenvolvedores fizeram uma publicação afirmando que existem alguns “erros” sobre a atualização do éter, o The Merge (“A Fusão”, em tradução do inglês).
“O mercado só agora descobriu que o The Merge não reduziria as taxas da rede. O total desconhecimento do mercado sobre o que de fato ela significa indica que a atualização não está precificada e que podemos ver um salto ainda maior”, diz Medeiros, que é sócio da casa de análise e empresa de tecnologia e educação financeira.