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Ibovespa cai mais de 1,70% e tem retorno negativo no ano; dólar vai a R$ 5,15

Bear market Ibovespa dólar juros

Com a rápida deterioração do cenário global nas últimas semanas, fica difícil aceitar que há pouco tempo atrás a bolsa brasileira chegou a acumular ganhos de mais de 15% no ano. Com o recuo de 1,79% registrado hoje, aos 103.250 pontos, o Ibovespa se junta ao clube dos índices globais que operam no vermelho em 2022. 

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Assim como nos últimos pregões, os principais gatilhos para o desempenho negativo dos ativos domésticos vieram do exterior – a desaceleração da economia chinesa e os efeitos das novas restrições contra a covid-19 na Ásia, a inflação persistente nos Estados Unidos e o grande dilema enfrentado pelo Federal Reserve na condução da política monetária. 

Todos os caminhos parecem levar a um cenário de inflação alta e desaceleração drástica da economia, o que está longe do ideal. O fim de semana foi insuficiente para aliviar a cautela dos investidores americanos, o que levou o Nasdaq a cair mais 4%. 

A guerra na Ucrânia, que deixou de ser a manchete principal, também fez uma aparição nos negócios hoje. A dependência do continente europeu do petróleo russo pode estragar os planos da União Europeia de embargar a importação da commodity. O resultado foi uma queda de mais de 6% na cotação do barril. 

O recuo, no entanto, serviu para aliviar as curvas de juros e afastar o dólar das máximas diante da percepção de uma pressão inflacionária menor. A moeda americana encerrou a sessão em alta de 1,60%, a R$ 5,1565. 

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Compra ou não compra?

O plano da Comissão Europeia de barrar a importação de petróleo russo pode ir por água abaixo. Depois de anunciar a intenção de embargar a commodity, a UE admitiu que pode ser difícil a implementação da ação. Diversos países apelaram à Comissão alegando dependência da commodity. 

A incerteza sobre o que pode acontecer com a oferta de petróleo derrubou o preço da commodity nesta segunda-feira. O barril do Brent, utilizado como referência global, teve queda de 6%, a US$ 105,12. 

Apesar do recuo, que pesou na bolsa brasileira e também nas demais empresas do setor de energia, a Petrobras anunciou um novo reajuste do diesel, válido a partir de amanhã. A notícia chegou a pressionar o Ibovespa e a curva de juros, já que a elevação do preço dos combustíveis tem um forte impacto nos indicadores de inflação. 

Sobe e desce do Ibovespa

Com a forte instabilidade que tomou conta do mercado, as maiores altas do dia ficaram indefinidas até os últimos minutos. As únicas duas constantes foram as ações da Sabesp e do BTG Pactual, empresas que apresentaram balanços trimestrais que animaram o mercado. 

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No caso do banco de investimentos, os números ajudaram a puxar o setor bancário em bloco. A companhia registrou um lucro de R$ 2,062 bilhões no período, número 72% maior do que o mesmo período do ano passado. A rentabilidade atingiu a marca de 21,5%, acima dos principais concorrentes.

Confira as maiores altas do dia: 

CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
JHSF3JHSF ONR$ 6,584,11%
BPAC11BTG Pactual unitsR$ 22,693,61%
BRFS3BRF ONR$ 12,322,75%
SBSP3Sabesp ONR$ 45,242,59%
BRKM5Braskem PNAR$ 40,492,51%

A alta dos juros e a incerteza sobre até onde o ajuste monetário pode chegar seguem penalizando as empresas mais ligadas ao consumo doméstico e ao setor de tecnologia. Com a nova queda brusca do Nasdaq, as correspondentes brasileiras seguiram o mesmo caminho. Confira as maiores quedas do dia:

CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
LWSA3Locaweb ONR$ 5,39-14,44%
PETZ3Petz ONR$ 11,80-10,88%
MGLU3Magazine Luiza ONR$ 3,91-9,07%
RRRP33R Petroleum ONR$ 40,17-8,70%
PRIO3PetroRio ONR$ 24,22-8,60%
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