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Brasília domina e Ibovespa cai mais de 1% na semana; dólar vai a R$ 5,25

Montagem mostra imagem com tons de vermelho do prédio do congresso nacional ruindo e gráficos em queda ao fundo | Ibovespa

Congresso nacional ruindo e mercados em queda

A inflação global elevada e as apostas cada vez maiores de que o mundo deve enfrentar um cenário de recessão econômica continuam alimentando os ursos do mercado financeiro nos quatro cantos do mundo, monopolizando a atenção dos investidores. 

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Apesar do cenário ser marcado por uma forte aversão ao risco, os principais índices de Wall Street deram uma pausa na sangria e viram em dados mais fracos do que o esperado da economia americana um fio de esperança que levou as bolsas a interromperem uma sequência de três semanas consecutivas de perdas. 

A B3, no entanto, ainda não vê razões para sonhar com dias melhores – as notícias que chegam de Brasília, na verdade, tornam as coisas ainda mais difíceis. 

Se nos últimos dias a discussão em torno de uma interferência mais significativa na Petrobras (PETR4) ficou mais amena, o presidente Jair Bolsonaro voltou a causar incômodo nesta manhã ao defender publicamente um aumento de R$ 200 no Auxílio Brasil.  

Nos últimos dias, essa e outras promessas de gastos públicos circularam por aí e, apesar de nenhum outro detalhe ter sido divulgado pela União, já é o suficiente para resgatar os temores com um país altamente endividado e sem equilíbrio fiscal. 

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Apesar do Ibovespa ter acompanhado os ganhos de Wall Street nesta sexta-feira (24), o fôlego foi mais curto e a aversão ao risco mais alta, já que a inflação segue mostrando uma força que pode obrigar o nosso Banco Central a estender o aperto monetário. 

Enquanto as bolsas em NY subiram cerca de 3%, o Ibovespa teve alta de 0,60%, aos 98.672 pontos – uma queda de 1,15% na semana. O dólar à vista subiu 0,44%, a R$ 5,2527, um ganho de 2,11% nas últimas cinco sessões. 

Mais força do que o esperado

Nesta manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o IPCA-15 de junho, considerado a prévia da inflação oficial do mês.

De acordo com o instituto, o índice subiu 0,69%, acima da mediana das estimativas colhidas pelo Broadcast, que esperavam alta de 0,67% neste mês. No acumulado dos últimos 12 meses, a alta é de 12,04%, também acima da mediana das projeções de 12,02%.

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Com a inflação continuamente mostrando sinais de força, a sexta-feira foi de revisão nas projeções para a próxima atuação do Banco Central brasileiro. 

O mercado de juros operou em forte alta, precificando uma Selic terminal acima dos 14%. Confira:

CÓDIGONOMETAXAFEC 
DI1F23DI jan/2313,64%13,52%
DI1F25DI Jan/2512,49%12,23%
DI1F26DI Jan/2612,40%12,15%
DI1F27DI Jan/2712,43%12,19%

Fazendo as contas

Os ruídos sobre a possibilidade de um “pacote de bondades” do governo federal para tentar melhorar os seus índices de popularidade às vésperas das eleições continuam sendo um fator muito incômodo, principalmente após o presidente Jair Bolsonaro ter defendido publicamente possíveis reajustes no Auxílio Brasil.

 No momento, discute-se um aumento do pagamento do Auxílio Brasil de R$ 400 a R$ 600, uma ampliação do vale-gás e uma ajuda de custo de até R$ 1 mil para os caminhoneiros. Isso sem falar na chance de que o Estado de Calamidade seja mais uma vez utilizado para liberar o governo de seguir as regras fiscais do teto de gastos. 

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Sobe e desce do Ibovespa

Confira as maiores altas da semana:

CÓDIGONOMEVALORVARSEM
WEGE3Weg ONR$ 26,5116,12%
BRFS3BRF ONR$ 14,5013,02%
LWSA3Locaweb ONR$ 6,1311,86%
EMBR3Embraer ONR$ 12,507,94%
DXCO3Dexco ONR$ 10,407,44%

Confira as maiores quedas da semana no Ibovespa:

CÓDIGONOMEVALORVARSEM
CVCB3CVC ONR$ 8,55-11,31%
IRBR3IRB ONR$ 2,43-10,99%
HAPV3Hapvida ONR$ 5,58-9,27%
ENGI11Engie unitsR$ 40,75-8,43%
CMIN3CSN Mineração ONR$ 4,15-8,19%
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