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Dólar cai mais de 2% e Ibovespa ignora tombo da Petrobras (PETR4) em primeiro pregão pós-Lula; no mês, alta do índice foi de 5%

Lula com bandeira do Brasil e gráfico ao fundo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Apesar de ainda existirem muitas incertezas e preocupações no radar, a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas urnas é a chance de virada de página para o mercado financeiro. 

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O nome dos chefes da equipe econômica são muito aguardados para que os investidores tenham noção sobre como será a condução dos problemas fiscais do país, e as chances de privatização das estatais foram levadas a zero, mas a definição do pleito também trouxe ganhos importantes para o mercado. 

A rapidez dos líderes nacionais e internacionais no reconhecimento da vitória de Lula reduziu o risco de que uma contestação alongue uma crise institucional. Além disso, os investidores estrangeiros tendem a gostar mais do presidente eleito do que de Bolsonaro. 

O resultado pode ser visto na movimentação do Ibovespa hoje. O principal índice da bolsa brasileira chegou a operar em forte queda, repercutindo a queda de quase 10% da Petrobras (PETR4) e o dólar encostou em R$ 5,40, mas quanto mais sinais de que uma constestação não deve ter força chegavam, mais o capital estrangeiro em direção ao país crescia. 

Com o novo ocupante do Palácio do Planalto escolhido, os investidores se voltaram mais uma vez para aquelas ações que podem viver uma nova Era de Ouro nos próximos quatro anos. 

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Os detalhes do plano do governo não são conhecidos, mas o foco na classe média e na retomada do poder de compra dessa parcela da população empolgou a bolsa hoje — com varejo, companhias aéreas, empresas educacionais e construtoras puxando o índice. 

Nem mesmo o bloqueio de rodovias federais em todo o país por parte de caminhoneiros apoiadores de Bolsonaro e a cautela em Wall Street impediu a alta de de 1,31%, aos 116.037 pontos — no mês, o avanço foi de 5,45%. O dólar à vista caiu 2,54%, a R$ 5,1659 — queda de 4,24% em outubro. 

Semana de expectativa

No exterior, os olhos dos investidores estão voltados para a agenda de decisões e indicadores. 

A semana começa com expectativa para a decisão de juros da próxima quarta-feira nos Estados Unidos, mas os próximos dias também reservam indicadores de inflação e o payroll, relatório de emprego dos Estados Unidos. Confira o comportamento das bolsas americanas nesta segunda-feira (31). 

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Sobe e desce do Ibovespa

Conforme já era esperado pelo mercado, a forte queda das ações das estatais se tornou uma realidade. Com Lula no Planalto, as chances de privatização vão a zero e há dúvidas sobre o rumo da gestão dessas companhias. 

Com ameaças ao futuro da paridade de preços internacionais, a empresa com maior recuo nesta segunda-feira (31) foi a Petrobras (PETR4). Suzano e outras exportadoras também derraparam com a forte queda do petróleo. Confira as maiores altas do dia:

CÓDIGONOMEULTVAR
PETR4Petrobras PNR$ 29,72-8,75%
PETR3Petrobras ONR$ 33,10-7,49%
BBAS3Banco do Brasil ONR$ 36,91-4,92%
SUZB3Suzano ONR$ 53,19-3,48%
JBSS3JBS ONR$ 24,98-3,14%

Já na ponta contrária, as empresas voltadas ao consumo da classe média dispararam. O movimento também foi favorecido pelo recuo do dólar, principalmente para aquelas que possuem dívidas em dólar, como as aéreas. Confira as maiores altas do dia:

CÓDIGONOMEULTVAR
ALPA4Alpargatas PNR$ 21,958,99%
CVCB3CVC ONR$ 7,108,56%
AZUL4Azul PNR$ 15,957,70%
HAPV3Hapvida ONR$ 7,737,51%
GOLL4Gol PNR$ 9,497,47%

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