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Ibovespa não acompanha montanha-russa de Wall Street e fecha o dia em queda; dólar tem leve alta

O Touro de Wall Street, no distrito financeiro de Manhattan, em Nova York, nos EUA.

Os investidores americanos tiveram um pregão atípico — com os principais índices de Wall Street renovando as mínimas em mais de dois anos no início do dia para uma alta superior a 2% ao fim da sessão. 

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O mau humor da parte da manhã é facilmente explicado. Mais uma vez contrariando as expectativas do mercado, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) mostrou que a inflação segue persistente, exigindo que o Federal Reserve siga elevando os juros de forma acelerada para conter a escalada dos preços. 

O indicador acima do esperado renovou as apostas de que o Fed deve continuar promovendo ajustes de 0,75 ponto percentual nas próximas duas reuniões. Um combo perfeito para um dia de aversão ao risco. 

Com quedas da ordem de 20% no ano, as bolsas americanas, no entanto, parecem ter atingido o fundo do poço — pelo menos por ora. Após registrar o pior nível desde 2020, Wall Street teve uma “milagrosa” recuperação técnica, liderada pelo setor financeiro, já de olho na temporada de balanços que começa amanhã. 

O Ibovespa até tentou acompanhar o movimento de recuperação, mas o forte recuo do setor de varejo e das empresas de mineração e siderurgia levou o índice a cair 0,46%, aos 114.300 pontos. O dólar à vista teve leve alta de 0,02%, a R$ 5,2730. 

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Decepção

O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), um dos principais indicadores de inflação dos Estados Unidos,  avançou 0,4% em setembro ante agosto, acima da expectativa de alta de 0,2%.

No comparativo anual, o indicador avançou 8,2% em setembro, também acima das projeções dos analistas de 8,1%. O núcleo do CPI — que exclui alimentos e energia — subiu 0,6%, mas a previsão era de alta de 0,4%. Para os analistas, isso mostra que a alta dos preços segue disseminada

O avanço acima do esperado levou a uma recalibragem das apostas para a próxima reunião do Federal Reserve — com projeções majoritárias em uma nova elevação de 75 pontos-base nos juros americanos nas próximas duas reuniões. 

Isso porque, além da inflação medida pelo CPI, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla inglês) também registrou alta de 0,4% em setembro ante julho — o dobro das projeções dos analistas. 

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A alta dos juros nos Estados Unidos levou o mercado brasileiro a fazer mais um ajuste de alta. Confira:

CÓDIGONOMEULT FEC 
DI1F23DI jan/2313,68%13,68%
DI1F24DI jan/2412,83%12,82%
DI1F25DI Jan/2511,73%11,66%
DI1F26DI Jan/2611,57%11,53%
DI1F27DI Jan/2711,55%11,54%

Sobe e desce do Ibovespa

Ainda surfando o efeito da possível oferta da gestora Apollo pela fatia da Novonor na Braskem (BRKM5), a petroquímica mais uma vez puxou os ganhos do Ibovespa. Na sequência, a Minerva (BEEF3) repercutiu projeções otimistas para o setor de proteínas americano, e as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) acompanharam o movimento de recuperação do petróleo. Confira as maiores altas do dia:

CÓDIGONOMEVALORVAR
BRKM5Braskem PNAR$ 37,5911,94%
BEEF3Minerva ONR$ 14,166,87%
RAIL3Rumo ONR$ 19,784,11%
PETR3Petrobras ONR$ 37,893,13%
PETR4Petrobras PNR$ 34,003,03%

Confira também as maiores quedas:

CÓDIGONOMEULTVAR
AMER3Americanas S.AR$ 18,99-7,64%
MRVE3MRV ONR$ 10,51-5,49%
MGLU3Magazine Luiza ONR$ 4,90-5,22%
CMIN3CSN Mineração ONR$ 3,42-5,00%
EMBR3Embraer ONR$ 11,62-4,60%
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