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Esquenta dos mercados: Bolsas no exterior operam em baixa após renovação de temores de invasão da Ucrânia pela Rússia; Ibovespa acompanha Guedes e Campos Neto no G20

Bandeiras da Ucrânia e da Rússia com armas, simbolizando as tensões entre os dois países

Bandeiras da Ucrânia e da Rússia com armas, simbolizando as tensões entre os dois países

Existe um ditado que diz “no news, good news” (nenhuma notícia já é uma boa notícia, em tradução). E foi o que os investidores sentiram com a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve, o BC americano, de ontem (16). A falta de novidades fez as principais bolsas pelo mundo aliviarem a tensão 

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Os índices de Wall Street, que passaram a maior parte do dia no vermelho, conseguiram inverter o sinal nas últimas horas após a publicação do Banco Central dos EUA. 

Já o Ibovespa, que passou o dia no campo positivo, fechou o dia em alta de 0,31%, aos 115.180 pontos, no sétimo avanço consecutivo. Já o dólar à vista recuou 1,02%, a R$ 5,1279. 

Mas os velhos medos tomam conta do cenário local e internacional novamente. 

Por aqui, o risco fiscal permanece no radar, mesmo que o Congresso Nacional só vá analisar as propostas para reduzir o preço dos combustíveis na semana que vem.

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A pedra no sapato dos investidores e analistas é a política: o caráter eleitoreiro das medidas para baixar o preço dos combustíveis pode impactar as contas públicas em um orçamento já apertado. 

Esse foi um dos temas destacados pelo Banco Central na ata da última reunião do Copom. O risco de piorar a situação fiscal do país pode aumentar ainda mais a inflação e fazer com que o BC precise elevar os juros acima do esperado. 

Já no exterior, a fronteira entre Rússia e Ucrânia permanece no foco internacional. As tropas russas ainda estão na península da Crimeia e a tão esperada paz entre os países demora a vir. Isso, é claro, reflete na cautela das bolsas hoje. 

Saiba o que movimenta o dia aqui:

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Brasil contra o risco fiscal

O noticiário permanece o mesmo para os investidores brasileiros. Uma série de propostas para segurar o preço dos combustíveis deve ser analisada pelo Congresso na semana que vem, depois do adiamento da sessão marcada para ontem (16). 

A principal delas é a PEC dos combustíveis, que pretende fazer uma renúncia fiscal de impostos federais para reduzir o preço da gasolina, óleo diesel, etanol e gás de cozinha.

Mesmo que a União abra mão de recursos, o impacto na inflação deve ser mais significativo, tendo em vista que o modal rodoviário é o mais utilizado no país e impacta toda a cadeia de suprimentos. 

Os analistas e investidores permanecem de olho no dispositivo que deve abrir mão de R$ 100 bilhões em recursos, o que gerou o apelido de “PEC Kamikaze” à proposta. Vale lembrar que o Orçamento para 2022 está apertado e não há muito espaço para abrir mão de recursos no momento. 

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Jair Bolsonaro

O presidente da República, Jair Bolsonaro, deu entrevista à Jovem Pan News ontem diretamente da Rússia. Bolsonaro negou que o governo federal esteja furando o teto de gastos com a proposta. 

“Não temos por que fazer qualquer aventura [na economia] depois de três anos”, afirmou. Além disso, o presidente falou sobre o reajuste dos policiais federais, polêmica proposta que gerou reações de diversos setores do funcionalismo. A decisão sobre o aumento ou não do salário deve ficar para maio. 

G20, Guedes e Campos Neto

Na agenda do dia, o destaque vai para a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em reunião do G20

As autoridades devem destacar o desempenho do Brasil no combate à pandemia e destacar o momento de retirada de estímulos fiscais e monetários das economias pelo mundo. Somado a isso, devem comentar sobre os efeitos globais da investida da Rússia sobre a Ucrânia

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Rússia e Ucrânia

O que se esperava terminar em um acordo diplomático voltou a elevar a cautela dos mercados globais. A Rússia permaneceu com os soldados na fronteira com a Ucrânia e o risco de uma invasão foi colocado na mesa mais uma vez. 

A Rússia havia anunciado a retirada de soldados da fronteira na terça-feira (15), mas a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) confirmou a manutenção das tropas na península da Criméia. 

E o petróleo

Era esperado que o petróleo disparasse mais uma vez com a volta das tensões internacionais. Contudo, a maior commodity energética do mundo já operava próxima das máximas de US$ 95.

Dessa forma, o barril do petróleo brent, utilizado como referência para a Petrobras (PETR3 e PETR4), recuava 2,12%, cotado a US$ 92,81, enquanto o WTI era negociado a US$ 91,61, baixa de 2,20%. Ambos operam em forte movimento de correção. 

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Sem direção

A ata da última reunião do Federal Reserve foi como uma placa no meio do deserto com uma seta apontada para baixo e escrito: “você está aqui”. 

A publicação do Banco Central americano não deu o direcionamento esperado para a política monetária dos EUA. Com isso, os analistas e investidores aguardam com muita expectativa a próxima reunião do Fomc, o Copom americano. 

Na reunião de março, o comitê deve elevar os juros pela primeira vez este ano e, aí sim, dar novos sinais sobre a magnitude e quantidade de altas dos juros americanos. 

Bolsas pelo mundo

Os principais índices asiáticos encerraram o pregão desta quinta-feira majoritariamente em alta, mesmo com a ata do Fed não dar maiores direcionamentos sobre a política monetária da instituição. 

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Na contramão, as bolsas na Europa permanecem pressionadas com a continuidade da tensão entre Rússia e Ucrânia na fronteira entre os dois países. 

De maneira semelhante, os futuros de Nova York operam em queda pela manhã, também acompanhando os desdobramentos da crise russa.

Agenda do dia

Balanços do dia

Confira o calendário completo aqui

Antes da abertura:

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Após o fechamento:

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