Depois de fechar a semana passada com avanço de 0,89%, o dólar teve uma segunda-feira (11) de muitas idas e vindas mas acabou fechando o pregão em baixa, registrando recuo de 0,39% e sendo negociado aos R$ 4,6904. O euro seguiu o mesmo caminho e sofreu desvalorização de 0,2%, aos R$ 5,1083.
Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou no intervalo entre R$ 4,6789 e R$ 4,7399, alternando estabilidade, valorização e desvalorização. O euro, por sua vez, registrou máxima de R$ 5,1601 e mínima de R$ 5,0984.
Por aqui
No dia de hoje, mais uma “greve” prejudicou a divulgação de dados econômicos. É que os analistas do comércio exterior realizaram uma paralisação reivindicando melhores salários, o que fez com que o Ministério da Economia anunciasse um atraso na publicação dos dados da balança comercial semanal, que ficaram para depois das 18:00.
Mas os analistas do comércio exterior não são os únicos que decidiram paralisar as atividades nesta semana — amanhã (12) será a vez dos funcionários da CVM, que votam uma possível greve na quarta-feira(13), também na terça-feira (12) param os analistas e técnicos de Planejamento e Orçamento. Na quarta-feira (13) serão os funcionários da Susep.
Campos Neto também chamou a atenção dos investidores ao avaliar como “surpresa” o IPCA de março, divulgado na última sexta-feira.
“Teve também outros elementos como vestuário e alimentação fora do domicílio que vieram com surpresa grande” comentou o presidente do Banco Central. “Estamos analisando surpresa no IPCA e vendo se muda algo na tendência. Essa surpresa também se fez presente em vários outros países”, completou.
Campos Neto também falou do grande fluxo de dólares que tem entrado no país, ajudando o real a se consolidar como uma das moedas de melhor desempenho no ano. Segundo ele, os recursos têm sido destinados a diferentes classes de ativos.
Na sua avaliação, não há nada de extraordinário na recente apreciação do real: "Nosso cenário não é de reversão desse movimento de entrada, mas estamos em um cenário de muita incerteza", comentou. Os comentários colaboraram para que os juros fechassem o dia em alta.
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Por lá
Para falar do que acontece fora do Brasil vale recorrer, novamente, ao que falou Campos Neto na manhã de hoje. Ao comentar que a decisão do Federal Reserve de apertar o passo no aperto monetário já domina as conversas no mercado, o presidente do BC aproveitou para alertar que isso pode alterar as dinâmicas globais, com países emergentes perdendo parte do fluxo de recursos, mas que mesmo assim ainda vê o Brasil bem posicionado.
Com os mercados ainda reagindo à decisão do Fed de apertar o passo na subida dos juros, o DXY, índice que compara o dólar aos seus pares, registrou mais um dia de alta, se aproximando do patamar dos 100 pontos.
Acompanhe a nossa cobertura completa de mercados para acompanhar o desempenho de bolsa, dólar e juros hoje. Confira também o fechamento dos principais contratos de DI:
CÓDIGO | NOME | ULT | FEC |
DI1F23 | DI jan/23 | 13,09% | 12,94% |
DI1F25 | DI Jan/25 | 11,97% | 11,81% |
DI1F26 | DI Jan/26 | 11,72% | 11,61% |
DI1F27 | DI Jan/27 | 11,64% | 11,56% |