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Ibovespa reage bem ao Copom e tenta se segurar perto do zero a zero, mas queda das bolsas em NY atrapalha

Imagem mostrando um homem de camisa branca olhando para um telão de cotações da bolsa, localizado no segundo plano. Ele está de pé, com o braço direito apoiado numa cadeira. Simboliza o investimento em ações e o recebimento de dividendos Ibovespa

Com a Selic de volta à casa dos dois dígitos e o Banco Central confirmando que irá reduzir o ritmo de ajuste da taxa de juros, os investidores brasileiros começaram a quinta-feira (03) com mais apetite por risco do que o demonstrado ontem, repercutindo a aprovação da nova postura adotada pelo Copom. 

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Mesmo com o alívio na curva de juros, a sinalização positiva não durou muito tempo e a bolsa passou a recuar, acompanhando o movimento visto nas bolsas de Nova York. Os índices futuros em Wall Street foram contaminados pela reação desastrosa do mercado ao balanço da Meta (ex-Facebook) divulgado na noite de ontem.

Com uma projeção de resultados mais conservadora para 2022 e queda expressiva no número de usuários ativos em suas principais plataformas, as ações da companhia despencaram cerca de 20% no after market e pressionam o Nasdaq hoje, em um movimento que atinge o restante dos índices por tabela. 

Na abertura em Nova York, as ações da Meta despencam mais de 25%. Depois de seguir a queda expressiva, a bolsa brasileira tenta se manter próxima do zero a zero. Por volta das 16h, o principal índice da B3 recuava 0,16%, aos 111.784 pontos. 

Embora a curva de juros opere em queda, principalmente na ponta mais curta, em ajuste à decisão do Copom, o câmbio fica pressionado com a busca por segurança vista no exterior. Além da pressão de Wall Street, os investidores também repercutem a manutenção da taxa de juros na zona do euro. No mesmo horário, a moeda americana operava em alta de 0,77%, a R$ 5,3050. Confira as principais taxas do dia:

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CÓDIGONOMETAXAFEC 
DI1F23DI jan/2311,89%12,13%
DI1F25DI Jan/2510,80%10,97%
DI1F26DI Jan/2610,76%10,88%
DI1F27DI Jan/2710,86%10,95%

Tirando o pé do acelerador

Conforme já era esperado pelo mercado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central brasileiro elevou a taxa básica de juros em 1,5 ponto percentual na noite de ontem, a 10,75% ao ano. Com a meta de inflação de 2022 já perdida, o BC optou por sinalizar uma redução no ritmo de ajuste, uma forma de comprometer menos a recuperação da atividade e dar tempo para que a política monetária atual cumpra o efeito desejado na elevação dos preços. 

Inflação no cangote europeu

Os olhares dos investidores também se voltam para a decisão de política monetária do Banco Central Europeu. Apesar da inflação recorde na zona do euro, o BCE decidiu manter a taxa de juros inalterada, em uma postura contrária ao que vem sendo adotado ao redor do mundo, incluindo a Europa. O Banco da Inglaterra (BOE) também anunciou a sua decisão de política monetária, elevando a taxa básica e deixando novas altas já contratadas para as próximas reuniões.

Sobe e desce do Ibovespa

Com a queda expressiva do Nasdaq, as empresas de tecnologia reagem negativamente também no hemisfério sul do continente. Já as ações da Cielo (CIEL3) repercutem negativamente o balanço divulgado na noite de ontem. Confira as maiores quedas do dia:

CÓDIGONOMEULTVAR
BIDI11Banco Inter unitR$ 24,14-4,96%
LWSA3Locaweb ONR$ 9,02-4,55%
MRFG3Marfrig ONR$ 20,89-3,95%
CIEL3Cielo ONR$ 2,24-3,86%
EMBR3Embraer ONR$ 19,24-3,75%

Confira também as maiores altas:

CÓDIGONOMEULTVAR
YDUQ3Yduqs ONR$ 22,853,86%
AMER3Americanas S.AR$ 32,283,43%
CVCB3CVC ONR$ 13,873,28%
UGPA3Ultrapar ONR$ 14,732,36%
BRML3BR Malls ONR$ 9,552,03%
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