🔴 EVENTO GRATUITO: COMPRAR OU VENDER VALE3? INSCREVA-SE

João Escovar
Jornalista especializado em Finanças
CONTEÚDO VITREO

Paulo Guedes fazendo as malas? Ministro pede ‘licença para gastar’ e dá indícios de que a economia pode desabar; saiba como proteger seus investimentos

Já não bastava pibinho, inflação e dólar a quase R$ 6: o teto de gastos, uma das últimas âncoras do Brasil, está prestes a ruir – e isso pode ser uma catástrofe para seu patrimônio

João Escovar
22 de outubro de 2021
14:40 - atualizado às 14:43
Homem com rosto de paulo guedes atira cédulas de dinheiro | PEC
O ex-ministro da Economia, Paulo Guedes - Imagem: Montagem Andrei Morais / Pedro França/Agência Senado / Shutterstock / 007 Licença para matar

O carrossel de emoções e quedas bruscas proporcionado pelo Ibovespa nos últimos dias é digno de um filme de ação protagonizado pelo agente secreto inglês James Bond. Invejando a “licença para matar” do 007, o ministro Paulo Guedes pediu “licença para gastar” além do teto de gastos, último bastião fiscal do país. Depois de uma debandada de seus aliados no Ministério, agora é o próprio Guedes que está na berlinda. Os boatos já dizem que, inclusive, pediu demissão.

Nada poderia ser mais claro: é hora de proteger seu patrimônio do risco-Brasil. Antes de continuarmos, neste link você encontra boas sugestões de investimentos em moeda-forte e reservas de valor.

O grande problema de o chefe do cofre do país sair gastando o que pode e o que não pode é que isso pode provocar um colapso na já frágil economia brasileira. E isso se reflete tanto na vida da população como nos seus investimentos. Observe o gráfico abaixo:

Créditos: Financial Times

Elaborado pelo jornal Financial Times, ele mostra o desempenho dos principais índices de mercado do planeta no pregão da última terça-feira, dia 19. Como é possível perceber, o Brasil foi o único país que apresentou uma grave perda no valor de seus ativos. O Ibovespa desabou de 114 mil para 110 mil pontos, mesmo diante de um cenário internacional extremamente favorável, com altas nos EUA, na China e na Europa.

Só que a queda não parou por aí. Nesta quinta-feira, após o ministro pedir “licença para gastar”, referindo-se à possibilidade de furar o teto de gastos para pagar o Auxílio Brasil, o Ibovespa baixou mais uma vez a 107 mil pontos (no momento desta publicação, já estávamos na casa dos 106 mil).

Gráfico mostra queda do Ibovespa nesta semana (data: 22/10/2021). Fonte: Google Invest

O dólar, por sua vez, já é negociado a R$ 5,70 – e tem muito analista prevendo chegar a R$ 6 em breve. E, com a saída de importantes figuras do ministério da Economia, ainda pode rolar muita coisa...

Isso tudo num contexto de inflação a 10% a.a., com preços exorbitantes no supermercado e no posto de gasolina, perspectivas fracas para o crescimento do PIB e desemprego nas alturas.

Por isso, é mais importante do que nunca que, neste momento, o investidor, se não fugir totalmente do Brasil, ao menos dilua o risco de deixar seu dinheiro em ativos sujeitos à oscilação da nossa política instável e populista e de nossa moeda emergente.

A corretora Vitreo, plataforma de investimentos que mais cresce no país, disponibiliza produtos que atuam como um verdadeiro escudo para momentos de crise. São ativos atrelados a moedas fortes (dólar, euro, libra e franco suíço), metais preciosos (ouro e prata) e colchões de liquidez (para momentos de emergência).

Por que a ruptura do teto de gastos é tão grave?

O teto de gastos é um mecanismo criado no governo Temer para evitar que o país se endivide demais. Basicamente, ele permite que os gastos que entram no teto não aumentem acima da inflação do ano corrente.

Ele foi estabelecido em um momento de crise e descontrole econômico do Brasil, após o impeachment de Dilma Rousseff. À época, foi muito criticado por conta da austeridade que impunha ao orçamento, mas também elogiado, já que estabelecia um controle fiscal, o que possibilitava mais investimentos e maior crescimento para o país.

A população mais pobre passa, de fato, por um momento muito grave – e precisa de políticas para sobreviver à crise. O problema é a maneira como isso vem sendo feito.

Romper o teto de gastos (seja passando por cima, seja encontrando maneiras de usar a contabilidade criativa) indica que o governo vai gastar mais do que pode. Para fechar essa conta, o Estado pode dispor, basicamente, de três dispositivos – e todos eles prejudicam a economia nacional.

Aumentar a arrecadação via impostos

Quando você gasta mais do que ganha e não reduz as despesas, a solução mais apropriada é ampliar sua fonte de renda. Um trabalhador comum tenta fazer isso com um “bico” ou algo do tipo. Como o governo não trabalha, a única maneira de ele arrecadar mais é cobrando mais impostos da população.

Essa medida, além de prejudicar a qualidade de vida dos brasileiros, desestimula a atividade econômica e afugenta investimentos do país, o que pode ser um tiro no pé, já que uma menor atividade vai resultar em uma arrecadação mais fraca.

Usar a inflação como um “imposto informal”

Uma frase comum no mercado financeiro é a de que a inflação é um tributo que não precisa ser aprovado pelo Legislativo. Quando o governo apresenta um déficit em reais e não consegue cobri-lo, uma solução simplória é emitir mais reais para tapar esse buraco. Como o aumento da oferta não é acompanhado de um crescimento da economia, o valor da moeda brasileira tende a despencar, gerando inflação – e fazendo seu dinheiro perder poder de compra.

Essa solução precisa da conivência do Banco Central, que, em tese, agora tem independência em relação ao governo. Com o país já vem registrando alta de preços na casa dos dois dígitos, uma medida como essa poderia iniciar uma escalada de hiperinflação, desestabilizando completamente a economia nacional.

Embora cada situação tenha suas peculiaridades, foi o que aconteceu com Venezuela e Argentina.

Contrair mais dívida e aumentar a taxa de juros

A solução menos recomendada para quando você fecha o mês no vermelho é contrair dívidas, como entrar no cheque especial ou no rotativo do cartão de crédito – e ficar vítima dos juros cobrados sobre ele. Pois bem, o governo também pode fazer isso.

O meio mais tradicional é a emissão de títulos da dívida pública pelo Tesouro Nacional. Esses títulos são vendidos a investidores institucionais e a pessoas físicas (por meio do Tesouro Direto). Acontece que, em uma situação econômica e fiscal deteriorada, ninguém vai querer emprestar para o Brasil a baixo custo. Em outras palavras, o governo precisaria subir as taxas de juros.

A Selic, que chegou ao patamar de 2% a.a., já está em 6,25 % e numa forte escalada rumo aos dois dígitos. Há títulos do Tesouro que já oferecem retornos de 12% a.a., quase 1% ao mês, o que lembra a época em que o Brasil era chamado de “o paraíso dos rentistas”.

Fonte: Seu Dinheiro.

Embora seja algo aparentemente bom para quem investe em renda fixa, um super endividamento do governo aumenta muito o risco de calote. Além disso, os juros altos desestimulam a tomada de crédito e desaceleram a atividade econômica, o que pode provocar uma deterioração geral do quadro financeiro nacional.

Sem falar que os direitos de um comprador de um título do Tesouro estão em reais, o que pode virar pó em caso de desvalorização extrema da moeda.

Ibovespa está barato, mas e daí? Entenda por que as ações nacionais despencam com o quadro atual

Com a queda do Ibovespa, as ações nacionais estão cada vez mais baratas. O múltiplo P/L entre o preço e o lucro das empresas listadas, que chegou a 22,46 no início do ano, está em 6,16 agora. Isso significa que, para comprar R$ 1 de fluxo de caixa na bolsa, o investidor precisa de apenas R$ 6,16, o que é muito baixo se comparado com o mercado mundial.

Gráfico da evolução da relação P/L do Ibovespa nos últimos 12 meses. Fonte: Oceans14

Em tese, isso indica um grande potencial de valorização. Mas e daí? Quem disse que o mercado sempre obedece a fundamentos? Em alguns casos, mesmo que a atividade das empresas não tenha sofrido impacto, o cenário externo é crucial para determinar o preço das ações.

Em primeiro lugar, todo ruído político, econômico e institucional é negativo. Instabilidades afetam as perspectivas para a atividade econômica e o desenvolvimento do país. Por exemplo: a deterioração do poder de compra da população afeta o giro da economia e, consequentemente, uma hora vai atingir os lucros das empresas na bolsa. 

Por isso, qualquer ruído que pressione a inflação é negativo. O mesmo acontece para a cobrança de impostos, a alta de juros, o dólar alto, etc.

Só que, no caso das ações, existe um agravante principal. A maneira mais clássica de avaliar o preço justo de um ativo é utilizando a metodologia dos fluxos de caixa descontados. De maneira simplória, ela consiste em projetar os resultados futuros de uma empresa e descontá-los a uma taxa atrativa ao investidor. Quanto maior a taxa exigida, portanto, menor o valor percebido da ação.

Para calcular essa taxa atrativa, os grandes investidores utilizam algumas variáveis, dentre elas a chamada “taxa livre de risco” e o “prêmio pelo risco-país”. E é aí que está o problemão:

1)     Como a taxa livre de risco é a Selic, quanto maior os juros definidos pelo Copom, maior será a taxa exigida pelos investidores, reduzindo o valor das ações;

2)     Para os investidores estrangeiros, com uma percepção pior da situação brasileira, o prêmio pelo risco-país aumenta, o que também diminui o valor avaliado dos papéis das empresas na B3.

Em síntese, não é exagero dizer que o Brasil pode, em breve, entrar numa espiral de deterioração econômica, ainda mais em um cenário incerto de retomada pós-pandemia, crise hídrica e energética, desemprego e eleições polarizadas no páreo.

Talvez não seja a hora de “fugir para as montanhas”, mas é completamente imprudente não ter em seu portfólio ativos de proteção. Por isso, indico que clique no botão abaixo e confira os melhores produtos para se proteger desse Cassino Royale chamado Brasil.

Compartilhe

Conteúdo Empiricus

Aposentadoria de R$ 6 mil por mês: veja quanto investir para receber esse salário no futuro

24 de abril de 2024 - 16:00

Em função dos juros compostos, tempo de planejamento pode ser mais importante do que tamanho dos aportes em si

Conteúdo Empiricus

Para onde vai a Selic? Faltando duas semanas para o Copom, a opinião do mercado está dividida; veja como investir

24 de abril de 2024 - 14:00

No dia 9 de maio, dois analistas vão revelar a melhor estratégia para as carteiras em uma edição especial do programa Giro do Mercado; veja como participar gratuitamente

conteúdo empiricus

‘O minério de ferro vai cair e ninguém está falando disso’, diz gestor – como fica a Vale (VALE3) nessa história?

24 de abril de 2024 - 13:32

Opiniões acerca do futuro da economia da China e o impacto disso nos preços do minério de ferro e para a Vale divergem entre analistas; veja o que fazer com a ação

Conteúdo Empiricus

Analista vai enviar análise completa do balanço da Vale (VALE3) e sua recomendação para a ação; receba gratuitamente

24 de abril de 2024 - 12:11

Saiba o que esperar do balanço da Vale e como receber uma análise completa depois que os números forem divulgados

Conteúdo Empiricus

‘É a melhor saída para quem quer menos impostos’; conheça o investimento que vem ganhando o coração dos brasileiros neste ano

24 de abril de 2024 - 10:00

Só no 1º tri de 2024, previdência privada recebeu mais de R$ 11 bilhões; veja tudo que é preciso saber antes de investir nesse tipo de ativo

Conteúdo Empiricus

Economista brasileiro encontra 11 fontes de renda que podem gerar até R$ 2.000 mensais no futuro; entenda

24 de abril de 2024 - 8:00

Seguindo esse plano, você pode receber sua primeira renda extra nos primeiros trinta dias; assista ao tutorial gratuito aqui

Conteúdo Empiricus

‘Chance rara’ para viver de renda: esta ação é destaque entre 11 fontes de renda passiva

23 de abril de 2024 - 18:00

Estratégia da Empiricus para ter salário extra sem trabalhar a mais por isso conta com ativos tradicionais e alternativos

Conteúdo Empiricus

Temporada de balanços do 1T24: especialistas vão disponibilizar análises gratuitas dos resultados; acesse

23 de abril de 2024 - 16:53

Analistas da Empiricus Research vão analisar mais de 50 balanços ao longo da temporada de resultados; saiba como ter acesso gratuito

conteúdo empiricus

INSS ou ‘Isso Nunca Será Suficiente’? Veja como ter uma aposentadoria tranquila sem depender só do benefício do governo

23 de abril de 2024 - 16:00

Estudo feito em 2022 mostrou que, dos mais de 36 milhões beneficiários, apenas 0,002% receberam o valor do teto do INSS, de R$ R$ 7.786,02

conteúdo empiricus

Andrea Almeida: De executiva a ex-CFO da Petrobras; Conheça a mente por trás de uma das mulheres mais poderosas do mundo

23 de abril de 2024 - 12:00

Para Andrea Marques de Almeida, ex-CFO da Petrobras (PETR4) e executiva no mercado, conectar-se com a equipe em que lidera, é uma função importante

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar