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Petrobras (PETR4) vai subsidiar vale gás para o Bolsa Família? Estatal nega, mas Bolsonaro insiste que sim

Petrobras (PETR4) bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro mirando a Petrobras

Mesmo com uma negativa pública da Petrobras (PETR3/PETR4), o presidente Jair Bolsonaro voltou a falar nesta quarta-feira (4) sobre a ideia de um vale gás custeado pela estatal.

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Segundo ele, a proposta está “avançada”. “Depende de pequenos acertos porque a Petrobras não é minha. Ela tem a participação do privado também. Estamos negociando isso aí".

Antes da declaração, a petroleira já havia esclarecido que "não há definição" quanto à implementação de um programa de subsídio financiado com seus recursos

No último sábado (31), após a primeira investida de Bolsonaro no tema, a companhia lembrou que uma decisão dessa magnitude estaria sujeita à governança de aprovação e teria de seguir políticas internas da empresa.

Como uma empresa de capital aberto, todas as decisões sensíveis sobre o negócio passam pela análise de seu conselho administrativo.

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Os papéis preferenciais (PETR4) recuaram 2,16%, enquanto as ações ordinárias (PETR3) caíram 3,25% hoje, em meio a desvalorização dos preços de petróleo no mercado internacional. 

Ações da Petrobras (PETR4) ainda valem a pena? Confira neste vídeo exclusivo e veja mais conteúdos sobre investimentos em nosso canal no Youtube:

Promessa de campanha de Bolsonaro

Bolsonaro diz que a Petrobras tem um fundo de cerca de R$ 3 bilhões para fazer o vale gás — um programa de subsídio da compra do botijão para a população de baixa renda. “A ideia é dar um bujão a cada dois meses para o pessoal do Bolsa Família”.

A redução do preço do gás de cozinha é uma promessa de campanha de Bolsonaro que ainda não foi cumprida e preocupa às vésperas do ano eleitoral.

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Em agosto de 2019, o governo foi na contramão do prometido e pôs fim ao subsídio do botijão de 13 quilos, mas, neste ano, decidiu zerar a cobrança de impostos de vez.

Por meio de uma Medida Provisória já aprovada no Congresso e sancionada pela Presidência, o Executivo zerou as alíquotas de PIS e Cofins, que representavam 3% do preço final do botijão.

Na entrevista de hoje, o presidente usou a medida para voltar a dizer que a alta no preço do ocorre em razão do ICMS, que é um imposto estadual, do frete e da margem de lucro de quem está vendendo. "Eu fiz a minha parte, zerar o imposto do gás de cozinha", afirmou.

Petrobras (PETR3/PETR4): histórico de interferências 

Não é a primeira vez que o governo federal sugere uma interferência na Petrobras. As ações da companhia, inclusive, já sofreram com o fantasma da intervenção política ao longo do primeiro semestre.

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Os ativos chegaram a despencar 7% em abril logo após Bolsonaro forçar uma troca de comando na presidência da estatal. 

Descontente com a política de preços da gasolina e do diesel, ele indicou o general Joaquim Silva e Luna para ocupar o lugar de Roberto Castello Branco no comando.

A troca virou alvo de um processo administrativo na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Em comunicado, a autarquia frisou que a assimetria informacional — a indicação de Silva e Luna foi anunciada pelas redes sociais — pode trazer prejuízo às decisões de investimento e abrir portas para abusos no mercado.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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