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Ações da Petrobras (PETR3 e PETR4) reduzem ritmo após reajuste no diesel e novas ameaças de interferência da estatal

Fachada de prédio da Petrobras (PETR3 e PETR4) | Dividendos

Fachada de prédio da Petrobras

A Petrobras (PETR3 e PETR4) anunciou uma nova alta no preço do diesel após 85 dias sem ajustes. A partir desta quarta-feira (29), o preço médio de venda de diesel tipo A da estatal passará de R$ 2,81 para R$ 3,06, um ajuste médio de R$ 0,25 por litro.

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Dessa forma, o preço do diesel na bomba passará a ser de R$ 2,70 por litro em média, uma variação de R$ 0,22. O novo aumento ocorre em meio a disputas e questionamentos do preço dos combustíveis, o que reduz os ganhos das ações da empresa no pregão desta terça-feira (28)

Alta nos preços — e nas ações

As ações da Petrobras começaram o dia entre as maiores altas do Ibovespa. A valorização do petróleo Brent, referência para a estatal, animou as ações do setor no início do pregão, mas os papéis da empresa reduziram o avanço após o cenário doméstico colocar incertezas na mesa mais uma vez.

Os futuros do Brent chegaram a atingir os US$ 80 na madrugada de hoje, após sucessivos pregões de valorização. A alta do preço do diesel, que reforça a aderência da empresa aos pares internacionais, e da principal commodity energética do mundo deveria refletir no preço das ações. 

TICKERNOMEULTVAR
PETR4PETROBRAS PNR$ 27,210,30%
PETR3PETROBRAS ONR$ 28,080,32%

‘Gasolina a quase R$ 7 e o gás a R$ 120’

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), voltou a questionar o preço dos combustíveis nesta terça-feira (28). Ele afirmou que  o diretor da Petrobras, Cláudio Mastella, analisa “com carinho” o aumento de preços. “Tenho certeza que ele é bem pago para buscar outras soluções que não o simples repasse frequente”, afirma.

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Há 14 dias, o presidente da Petrobras, o general Joaquim Silva e Luna, foi convocado para prestar esclarecimentos à Casa pela alta nos preços da gasolina. 

Bolsonaro X Combustíveis

No início da semana, o presidente da República Jair Bolsonaro voltou a criticar os preços da estatal. "Hoje [segunda-feira, 27] falei com o ministro Bento, conversando sobre a nossa Petrobras, o que nós podemos fazer para melhorar ou diminuir o preço na ponta da linha, onde está a responsabilidade", disse em evento da Caixa Econômica Federal que lançou uma nova linha de crédito para "comemorar" os mil dias de governo.

Silva e Luna convocou uma coletiva de última hora na tarde de ontem (27) para rebater as críticas do presidente e afirmou que “tudo que excede R$ 2 no preço da gasolina não é nossa responsabilidade”. "Entendemos que o aumento de preços está com o governo, Ministério de Minas e Energia, Economia e com a Casa Civil", disse. "Não há nenhuma mudança na política de preços da Petrobras".

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