Valor do Pão de Açúcar tem potencial de alta de 29% com cisão do Assaí, diz BTG Pactual
Banco avalia que valor de mercado da varejista pode alcançar R$ 29,4 bilhões, com operação destravando valor da rede de atacarejos
O mercado aguarda ansiosamente o processo de cisão do Assaí da estrutura do Pão de Açúcar (PCAR3) e está fazendo os cálculos de quanto a operação pode valorizar os papéis da tradicional rede de supermercados.
O BTG Pactual já tem a sua estimativa: o valor patrimonial (equity value) do Pão de Açúcar pode passar por um reajuste positivo de 29%, com o valor de mercado alcançando R$ 29,4 bilhões.
Os analistas Luiz Guanais, Gabriel Savi e Victor Rogatis avaliaram a operação, marcada para ser concluída entre o final de fevereiro e início de março, a partir da “soma das partes” do Pão de Açúcar e do Assaí.
Eles calculam que a receita do grupo alcançará R$ 54,4 bilhões em 2021, sendo R$ 29,5 bilhões apenas da divisão multivarejo, com uma margem do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de 8% e um lucro líquido de R$ 500 milhões.
Para o Assaí, eles estimam uma receita líquida de R$ 44 bilhões e um lucro líquido de R$ 1,3 bilhão.
Os analistas do BTG Pactual calcularam ainda um múltiplo P/L (a relação entre o preço das ações e o lucro da empresa, que demonstra quanto os investidores estão dispostos a pagar pelo lucro potencial) de 12 vezes para as ações do Pão de Açúcar em 2021 e de 18 vezes para o Assaí.
Foi a partir destas premissas que eles chegaram ao valor de R$ 29,4 bilhões do Pão de Açúcar, 29% acima do patamar em que ele está atualmente, diante da expectativa de que a cisão vai destravar valor da unidade de atacarejo.
“Esta operação deve ser concluída entre o final de fevereiro e início de março, e apesar de não ser algo novo para o mercado, ainda vemos potencial de alta relevante para ser capturado, considerando a soma das partes, o que reforça o Pão de Açúcar como uma oportunidade de curto prazo para os investidores”, diz trecho do relatório.
Contexto
A cisão entre Pão de Açúcar e Assaí foi anunciada em setembro de 2020. A proposta prevê que o tradicional grupo varejista vai repassar a totalidade de sua participação na rede de atacarejo aos seus acionistas.
A separação ocorrerá em duas etapas. Na primeira, a Sendas, subsidiária que controla o Assaí, vai segregar a sua participação na Almacenes Éxito, uma rede de supermercado da Colômbia, e vai repassá-la para o controle do GPA. Feito isto, a Sendas será separada do restante do GPA.
A operação prevê que os acionistas do controlador do Pão de Açúcar receberão as ações da Sendas na proporção de uma ação da Sendas para cada papel do GPA. A expectativa é de que esta distribuição ocorra antes do final do primeiro trimestre do ano que vem.
A Sendas terá suas ações listadas no Novo Mercado, segmento de listagem da Bolsa com o mais alto padrão de exigência de governança corporativa das companhias, e recibos de ações (ADS, na sigla em inglês) na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse).
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