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Cielo vende empresa para novata na B3, que reforça plataforma de pagamentos pelo celular

Pagamento pelo celular

Em meio à duríssima disputa no mercado de maquininhas de cartão e meios de pagamento, a Cielo (CIEL3) decidiu vender a Multidisplay, também conhecida como M4U. A compradora é uma novata na B3: a Bemobi (BMOB3). A empresa que abriu o capital em fevereiro fechou o negócio por R$ 185 milhões.

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Fundada em 2001, a M4U atua com plataformas de meios de pagamentos digitais para distribuição de recarga de celulares pré-pagos e gestão digital de faturamento e cobrança de planos de telefonia móvel. A Cielo adquiriu o controle da M4U oito anos depois, mas não quis ficar com uma parte da companhia, que foi separada e acabou dando origem à Bemobi.

O negócio tem tudo a ver com a Bemobi, que atua na venda de aplicativos, jogos e serviços digitais de telefonia celular. “Essa aquisição amplia e complementa nossas opções de serviços de microfinanças no Brasil com soluções e competências em pagamento digital”, informou a companhia, em comunicado. A Bemobi também pretende oferecer os serviços da M4U nos canais digitais móveis da companhia em 76 operadoras de telefonia celular em mais de 40 países.

Do lado da Cielo, o negócio acontece menos de um ano depois de a companhia comprar uma participação remanescente e passar a deter 100% da M4U. A empresa controlada pelo Banco do Brasil e Bradesco justificou a decisão de se desfazer da subsidiária como parte da estratégia se concentrar em seus negócios principais.

Do valor total da transação, R$ 125 milhões serão pagos pela Bemobi na data de fechamento da transação, e os outros R$ 60 milhões referem-se a uma parcela variável que depende do cumprimento de metas de crescimento financeiras até o final de 2023.

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Como vão as ações de Cielo e Bemobi?

A Bemobi abriu o capital na B3 em fevereiro deste ano. As ações (BMOB3) registram uma trajetória bem volátil desde então e encerraram o pregão de ontem cotadas a R$ 21,70 — pouco abaixo do preço de R$ 22,00 do IPO.

As ações da Bemobi possuem recomendação de compra de três casas, com a mediana do preço-alvo em R$ 29,20, de acordo com dados da Refinitiv disponíveis na plataforma Trademap. Esse valor representa um potencial de alta de 34,5%.

Já a Cielo vive um inferno astral que parece não ter fim. Com a entrada de novas empresas no mercado de maquininhas de cartão, a empresa vem perdendo participação de mercado e lucratividade.

As ações da companhia (CIEL3) acumulam queda de 32% nos últimos 12 meses e fecharam ontem negociadas a R$ 3,25. Seria essa baixa uma oportunidade de compra? Aparentemente, não.

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Das 14 corretoras que cobrem a Cielo, apenas duas têm recomendação de compra. Outras nove indicam a manutenção e três, a venda de CIEL3.

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