Conhecida por atrair empresas de tecnologia, a Nasdaq vem se tornando também um celeiro para companhias de biotecnologia em busca de recursos de investidores. As ações de três novatas do setor estrearam fazendo barulho no pregão desta sexta-feira da bolsa norte-americana.
Os papéis da farmacêutica Recursion (RXRX), por exemplo, chegaram a disparar 78% ao longo do pregão. Saiba mais sobre as empresas e suas ofertas a seguir.
Recursion
Assim como as empresas de tecnologia “tradicionais”, as ligadas ao ramo da biotecnologia também não são muito afeitas ao lucro. Destaque entre as valorizações, a Recursion amargou um prejuízo de US$ 87 milhões no ano passado, ainda maior do que os US$ 61,9 milhões registrados em 2019.
O balanço no vermelho, contudo, não afetou a demanda dos investidores pelas ações da empresa, que usa softwares, algoritmos e mais no desenvolvimento de medicamentos para o tratamento oncológico e doenças genéticas raras.
Eles foram com sede ao pote, e a farmacêutica precisou aumentar por duas vezes o tamanho de sua oferta inicial de ações (IPO, da sigla em inglês), que terminou em US$ 436,4 milhões (R$ 2,4 bilhões).
Os papéis da empresa, que foram vendidos a US$ 18 aos investidores que entraram no IPO, no teto da faixa indicativa, abriram as negociações em US$ 30. Ao final do pregão, as ações foram vendidas a US$ 31,30, uma alta de 73,89%.
Akoya
A segunda estreante da lista é Akoya Biosciences (AKYA), empresa fornecedora de soluções tecnológicas para a biologia. Seus produtos são utilizados por biotecnológos trabalhando para entender doenças neurológicas e autoimunes ou o câncer, por exemplo.
Assim como a Recursion, a Akoya também opera com prejuízo. Em 2020, as perdas foram de US$ 16,7 milhões. Mesmo assim, a companhia arrecadou US$ 131,6 milhões (R$ 735,4 milhões) em seu IPO, e os papéis estrearam com um salto de 27% em relação ao preço da oferta, fixado em US$ 20.
Os ativos encerraram a sessão em US$ 26,05, com alta 30,25%.
Biomea
Por fim, a Biomea Fusion (BMEA) tem planos ambiciosos para o futuro. Além do uso atual de seu carro-chefe, um medicamento que trata tumores altamente dependentes de um proteína ligada às doenças, a empresa pretende pedir autorização à Food and Drug Administration (FDA), órgão de controle dos Estados Unidos, para uma nova aplicação experimental do fármaco.
A empresa também precisou incrementar sua oferta e levantou US$ 153 milhões (R$ 855 milhões) no IPO. As ações foram fixadas no topo da faixa indicativa, a US$ 17, chegaram a US$ 22,22 na máxima e terminaram o dia a US$ 18,60, com alta de 9,41%.
*Com informações do MarketWatch