Site icon Seu Dinheiro

Banco Central confirma expectativa do mercado e eleva Selic para 5,25%

Roberto campos neto, presidente do Banco Central, entidade que mexe na Selic, a taxa básica de juros

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

O Banco Central anunciou nesta quarta-feira (4) a elevação da taxa Selic de 4,25% para 5,25%, conforme expectativa majoritária dos agentes do mercado financeiro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) - unânime entre seus integrantes - marca a quarta alta seguida da taxa básica de juros, em meio a uma contínua alta dos preços.

Em março, o BC tirou a Selic da mínima histórica ao elevá-la de 2% para 2,75% e subiu a taxa na mesma proporção em maio e junho.

Para a próxima reunião, o Copom já contratou outro ajuste da mesma magnitude, mas enfatizou que a decisão depende da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e "das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária".

Ao elevar a taxa básica em um ponto percentual, o BC mira as metas de inflação considerando o calendário o calendário de 2022 e, em menor grau, o de 2023.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"Esse ajuste também reflete a percepção do Comitê de que a piora recente em componentes inerciais dos índices de preços, em meio à reabertura do setor de serviços, poderia provocar uma deterioração adicional das expectativas de inflação", disse o BC.

O que pesou na decisão do Banco Central

O Banco Central elencou em comunicado os fatores que levaram a um aumento de 1 ponto na taxa básica de juros.

No cenário externo, a evolução da variante Delta da Covid-19 adiciona risco à recuperação da economia global, disse o BC. Para o Comitê ainda há risco relevante de aumento da inflação nas economias centrais.

"Ainda assim, o ambiente para países emergentes segue favorável com os estímulos monetários de longa duração, os programas fiscais e a reabertura das principais economias", disse em comunicado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em relação à atividade econômica brasileira, os indicadores recentes continuam mostrando evolução positiva, disse o BC. Para a autoridade monetária, há recuperação "robusta do crescimento econômico ao longo do segundo semestre".

Para o Copom, a inflação ao consumidor continua "se revelando persistente". "Os últimos indicadores divulgados mostram composição mais desfavorável".

"Destacam-se a surpresa com o componente subjacente da inflação de serviços e a continuidade da pressão sobre bens industriais, causando elevação dos núcleos".

O BC também ponderou que há novas pressões em componentes voláteis, como a possível elevação do adicional da bandeira tarifária e os novos aumentos nos preços de alimentos. "Em conjunto, esses fatores acarretam revisão significativa das projeções de curto prazo".

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Selic: trajetória de ajustes

A autoridade monetária iniciou o ajuste na taxa básica diante da aceleração das expectativas para a inflação e o avanço do IPCA — que chega a 8,35% em 12 meses, com os dados de junho divulgados pelo IBGE.

Desde a penúltima decisão do Copom, o mercado foi ainda surpreendido de maneira positiva com um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,2% no primeiro trimestre.

Os dados levaram os agentes econômicos a reajustar para cima as estimativas para o crescimento da economia brasileira em 2021, em meio a um avanço da vacinação no país.

Segundo o boletim Focus, o mercado espera um crescimento do PIB de 5,30% neste ano e de 2,10% em 2022. Para o próximo ano, a inflação medida pelo IPCA avançaria 3,81%. O centro da meta para o índice em 2022 é de 3,5%, com tolerância de 2% a 5%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Veja os investimentos de renda fixa mais rentáveis para 2021

Separamos os 10 investimentos de renda fixa mais rentáveis para você fazer em 2021. Afinal, qual investimento da renda fixa rende mais? Vale a pena investir por fundo de renda fixa? O que dizer de ETF de renda fixa? Confira no vídeo abaixo.

Exit mobile version