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Powell afasta Ibovespa das máximas ao indicar que anúncio do início da redução de estímulos pode vir já na próxima reunião

Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, guiando os mercados

Com o fim da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto do Federal Reserve (Fomc, na sigla em inglês), mais uma vez o foco do mercado desviou da decisão sobre a taxa básica de juros dos Estados Unidos — mantida entre 0% e 0,25% ao ano — e concentrou-se em indicativos sobre o início do "tapering", processo de redução de estímulos à economia dos Estados Unidos.

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O momento ideal para que o Fed comece a pisar no freio com as compras de ativos é o grande debate entre dirigentes e investidores nos últimos três encontros do grupo. E, segundo aponta o comunicado, esse movimento pode estar prestes a começar.

O presidente da instituição, Jerome Powell, revelou, em coletiva após a divulgação do documento, que o anúncio do início da redução de estímulos pode vir já na próxima reunião. Powell reforçou que os estímulos são uma ferramenta essencial para a recuperação da economia dos EUA, mas confirmou que a desaceleração das compras com conclusão na metade do ano que vem deve ser apropriada.

Data a definir

A ata da reunião de julho já havia mostrado que parte dos dirigentes pede o início do “tapering” ainda neste ano. Agora, com a recuperação econômica mais rápida do que o previsto, a instituição confirmou a desaceleração do programa de recompra de ativos em breve, mas sem indicativo de datas.

Apesar da confirmação, o Fed mantém, por enquanto, o ritmo de compra de pelo menos US$ 120 bilhões de títulos por mês e não abandonou completamente o discurso que tem dado o tom dos comunicados nos últimos meses, destacando que a política auxilia no funcionamento dos mercados e apoia o fluxo de crédito para famílias e negócios e reafirmou que seguirá aplicando todas as ferramentas disponíveis para apoiar a recuperação da economia.

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O banco central dos EUA também aproveitou o comunicado para reforçar que a inflação segue refletindo, 'em sua maioria', aspectos transitórios e que, apesar ritmo da economia americana continua ar depender do curso da pandemia de coronavírus, "progressos na vacinação provavelmente irão continuar a reduzir os efeitos da crise da saúde pública sobre a economia".

Powell destaca riscos da variante delta

Durante a coletiva de imprensa, o presidente do Fed, Jerome Powell, buscou salientar as palavras do comunicado. O dirigente indicou que o crescimento econômico deve continuar em ritmo forte no segundo semestre, mas demonstrou preocupações com o avanço de novos casos de covid-19.

Para Powell, a variante delta tirou fôlego da economia, mas vacinação apoiará o quadro de crescimento dos empregos da atividade econômica do país. Acompanhe as falas do presidente do Fed ao vivo:

https://www.youtube.com/watch?v=n-azWgGI9iU

Reação dos mercados

Com a novidade no posicionamento a respeito do "tapering", os mercados norte-americano e brasileiro, que já registravam altas expressivas ao longo do dia, ganharam mais fôlego para subir. Porém, o discurso de Powell afastou o Ibovespa das máximas.

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Por volta das 16h00, o principal índice acionário brasileiro avançava 1,97%, aos 112.423 pontos Já o dólar à vista , que havia tem operado com volatilidade hoje, passou a subir 0,36%, a R$ 5,30, durante o discurso. Confira nossa cobertura completa de mercados.

O que o futuro reserva?

Junto com o comunicado, o Fed divulgou também as projeções de seus dirigentes para os próximos anos. O gráfico de pontos da instituição revelou que a maior parte deles espera uma alta nas taxas de juros já em 2022. Vale lembrar que a maioria das projeções anteriores, divulgadas em junho, indicam a subida das taxas apenas em 2023.

O documento mostrou que 12 das 18 autoridades monetárias estimam que os percentuais subam entre 0,5% e 1,75% no período. O número daqueles que projetam que a taxa permanecerá na faixa atual, de 0% a 0,25%, durante os próximos dois anos, caiu de cinco para um.

Já a previsão para o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) subiu para 4,2%, contra projeção anterior de 3,4%. Contudo, na estimativa de longo prazo, o índice manteve-se em 2%.

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Confira as projeções:

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*Conteúdo em atualização

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