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Saldo de carteiras de trabalho assinadas em junho é positivo, segundo Caged

Após a criação de 276.043 vagas em maio (dado revisado nesta quinta-feira, 29), o mercado de trabalho formal brasileiro acelerou no mês passado e registrou um saldo positivo 309.114 carteiras assinadas em junho, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério da Economia.

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O resultado do mês passado decorreu de 1,601 milhão de admissões e 1,291 milhão de demissões. Em junho do ano passado, em meio à primeira onda da pandemia de covid-19 no País, houve fechamento de 30.448 vagas com carteira assinada.

O Ministro da Economia, Paulo Guedes, ressaltou que "Os setores mais atingidos pela pandemia estão na vanguarda, liderando a retomada. O Brasil continua no rumo certo, com vacinação em massa para garantir o retorno seguro ao trabalho, com a geração de novos empregos"

"Se pegarmos os últimos 12 meses, geramos 2,8 milhões de novos empregos. O mercado formal atinge agora pela primeira vez desde 2015/2016 o patamar dos 40,8 milhões de empregos", afirmou. "Estamos criando 1 milhão de empregos a cada três meses e meio ou quatro meses", completou Guedes.

O mercado financeiro já esperava um novo avanço no emprego no mês, e o resultado veio dentro do intervalo das estimativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast.

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As projeções eram de abertura líquida de 175.000 a 350.000 vagas em junho, com mediana positiva de 267.600 postos de trabalho.

No acumulado do primeiro semestre de 2021, ao saldo do Caged já é positivo em 1,536 milhão vagas. Nos seis primeiros meses do ano passado, houve destruição líquida de 1,198 milhão postos formais.

De acordo com o ministério, 3,558 milhões de trabalhadores seguiam com garantia provisória de emprego em junho graças às adesões em 2020 ou 2021 ao Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm).

Para cada mês de suspensão ou redução de jornada pelo programa, o trabalhador tem o mesmo período de proteção à sua vaga. O programa foi relançado em abril pelo governo por mais quatro meses neste ano.

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Novo sistema

Desde janeiro do ano passado, o uso do Sistema do Caged foi substituído pelo Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) para as empresas, o que traz diferenças na comparação com resultados dos anos anteriores. Na metodologia anterior (de 1992 a 2019), o melhor resultado para junho na série sem ajustes havia sido em 2008, quando foram criadas 309.442 mil vagas no sexto mês do ano.

O presidente Jair Bolsonaro oficializou ontem no Diário Oficial da União a recriação do Ministério do Trabalho e Previdência, que será chefiado pelo ministro Onyx Lorenzoni.

O desmembramento do Ministério da Economia teve o objetivo de acomodar a nomeação do senador Ciro Nogueira (Progressistas-PI), líder do Centrão, como ministro-chefe da Casa Civil.

Setores

A abertura líquida de 309.114 vagas de trabalho com carteira assinada em junho no Caged foi novamente puxada pelo desempenho do setor de serviços no mês, com a criação de 125.713 postos formais, seguido pelo comércio, que abriu 72.887 vagas. Já a indústria geral abriu 50.145 vagas em junho, enquanto houve um saldo de 38.005 contratações na agropecuária. Na construção civil, foram criadas 22.460 vagas no mês.

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No sexto mês do ano, todas as 27 Unidades da Federação obtiveram resultado positivo no Caged. O melhor desempenho foi registrado em São Paulo novamente, com a abertura de 105.547 postos de trabalho. Já o menor saldo foi o do Amapá, que registrou a criação de 377 vagas em junho. O salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada passou de R$ 1.807,88, em maio, para R$ 1.806,29 em junho.

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