Os rumores de que os dias de André Brandão no comando do Banco do Brasil (BBAS3) estão cada vez mais fortes, com uma série de nomes para substituí-lo sendo ventilados na imprensa.
A saída de Brandão é dada como certa desde que o presidente do BB entrou em rota de colisão com o presidente Jair Bolsonaro em janeiro, depois que o banco anunciou um plano de revisão e redimensionamento de sua estrutura organizacional, envolvendo o fechamento de agências e a criação de planos de demissão incentivada aos funcionários.
A medida desagradou Bolsonaro, que à época negociava apoio com parlamentares em troca de aliados nos comandos da Câmara e do Senado e viu o anúncio de dispensas na estatal (sempre um assunto polêmico) como inoportuna.
Brandão permaneceu no cargo após intervenção do ministro da Economia, Paulo Guedes, em seu favor. Mas a frigideira começou a esquentar, e o presidente do Banco do Brasil deixou claro nos bastidores que não pretende se queimar, já tendo apresentado um pedido informal a Guedes para deixar o comando da instituição, segundo apurou a "CNN".
Quem se candidata?
Considerando as mais recentes notícias que correm pela mídia, dois nomes estão sendo cogitados para a presidência do Banco do Brasil.
Aquele que aparentemente tem mais chances é Eduardo Dacache, segundo o jornal “Valor Econômico”. O executivo é presidente da Caixa Seguridade e já atuou na própria Caixa, no Santander e no Safra.
De acordo com o jornal, a indicação partiu do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, e foi apresentada ao ministro Paulo Guedes e ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
O nome de Dacache foi bem recebido pela equipe econômica porque ele tem experiência no setor bancário e por já estar no governo. Mas o presidente Jair Bolsonaro enfrenta pressões do Centrão por cargos e indicou que só vai nomear alguém que ele “realmente gostar” para o Banco do Brasil, de acordo com fontes ouvidas pela reportagem. Brandão foi indicação de Campos Neto.
A segunda pessoa cogitada para a presidência do Banco do Brasil, ainda de acordo com o “Valor”, é Márcio Schettini, ex-diretor-geral de varejo do Itaú Unibanco. Porém, segundo a reportagem, a chance de ele ser escolhido é muito baixa.
Em meio a tudo isso, o Banco do Brasil disse, em resposta a ofício enviado pela B3 questionando as notícias, que desconhece movimentações para troca de comando, em particular as que envolvem Schettini.