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Brasil vive uma espécie trágica de dia da marmota, diz Verde Asset

Cena do filme "Feitiço do Tempo"

Cena do filme "Feitiço do Tempo"

Em sua tradicional carta mensal aos investidores, a Verde Asset, gestora de Luis Stuhlberger, fez uma menção ao clássico filme Feitiço do Tempo para falar sobre a situação brasileira.

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Para a gestora do lendário fundo Verde, o país vive uma “espécie trágica de dia da marmota”, uma referência ao filme que traz o personagem principal vivendo o mesmo dia repetidamente.

Na visão de Stuhlberger e sua equipe, as pressões fiscais no país não arrefecem dada a liderança presidencial dúbia sobre o tema, e as pressões inflacionárias refletem a alta do preço das commodities e o câmbio fraco.

Nesse cenário, a gestora avalia que o Banco Central vai sendo empurrado pelo mercado para uma postura dura de política monetária, ignorando o desafio de financiar a dívida pública nas taxas de juros que a curva futura indica.

“Isso tudo pouco mais de um ano antes de uma eleição que lembra o mito grego de Cila e Caríbdis”, escreveu a gestora, em uma referência à Odisseia de Homero, na parte em que o herói Odisseu precisa passar por um estreito no mar com dois monstros terríveis, um de cada lado.

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“Navegar os mercados locais vem sendo uma odisseia extremamente complexa e nada indica que vai melhorar” — Verde Asset

Apesar da visão mais pessimista para o país, o Verde teve ganhos em abril no mercado de ações, tanto no Brasil quanto no exterior, e nas posições de juros no mercado local e na Europa.

As perdas no mês vieram da posição comprada em dólar contra o real e da posição tomada em juros nos Estados Unidos.

“O avanço da vacinação nos países desenvolvidos, especialmente Estados Unidos e Europa, combinado com políticas fiscais e monetárias estimulativas, tem levado os mercados acionários a se apreciarem, e as pressões inflacionárias a surgirem numa variedade de cadeias de suprimento.”

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A gestora decidiu reduzir a exposição à bolsa por entender que os preços das ações já refletem um bom grau de otimismo.

O retorno do fundo no mês passado foi de 1,20%, contra 0,21% do CDI. No acumulado do ano, a rentabilidade é de 3,14%, bem acima dos 0,69% do indicador de referência. Desde o início, em 1997, o Verde tem ganhos de 19.187%, contra 2.239% do CDI.

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