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Reunião dos Poderes fez Arthur Lira acender “sinal amarelo” para Bolsonaro

jair bolsonaro

(Brasília - DF, 15/05/2020) Bolsonaro, no lançamento da Campanha de Conscientização e Enfrentamento à Violência Doméstica.

A reunião dos Poderes na manhã de ontem (24) trouxe pouca coisa de concreta para o combate à pandemia de covid-19. Entretanto, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) fez um discurso pela tarde com insinuações sobre a instauração de um processo de impeachment. 

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Sem mencionar exatamente a deposição do chefe do Executivo, Lira afirmou que os "remédios políticos" no Congresso contra a "espiral de erros" no combate à pandemia são "conhecidos", "amargos" e alguns, "fatais".

Apesar de ter ligado o sinal de alerta, o presidente da Câmara também disse que nenhum tema é mais importante do que a pandemia, nem privatizações ou reformas. Isso pode aumentar ainda mais a pressão sobre o presidente da República, Jair Bolsonaro, que se apoia nesses dois pilares para sustentar sua política econômica.

Também a coletiva de imprensa com o atual ministro da Saúde, o médico Marcelo Queiroga, é um limão com pouco suco. Ele afirmou que iria “vacinar um milhão de pessoas por dia”, mas não informou os planos e nem quando isso ocorreria. Além disso, pouco se falou sobre medidas para o combate do avanço da pandemia no Brasil, que ontem atingiu a marca de 300 mil mortes por covid-19. 

Apesar da “mudança de tom” de Bolsonaro no combate à pandemia ouvida no final da turbulenta reunião, que contou com pedidos de retirada do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, especialistas querem “ver para crer” em uma mudança de postura do presidente.

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Esse cenário pode roubar os holofotes dos dados econômicos do dia. Estão programados para hoje a divulgação dos dados do IPCA-15 de março e coletiva sobre o Relatório Trimestral da Inflação do Banco Central, divulgado às 8h (confira mais na Agenda do Dia)

Confira outros destaques para esta quinta-feira (25):

Polêmica na Eletrobras

A escolha de um novo presidente para Eletrobras contou com a mão do governo Federal. Após interferir na chefia da Petrobras, a União indicou Rodrigo Limp Nascimento, atual secretário de energia elétrica do Ministério de Minas e Energia, para comandar a empresa. O nome acabou aceito pelo conselho de administração e será submetido aos acionistas na assembleia geral ordinária.

Limp não estava na lista da consultoria contratada para auxiliar na gestão da estatal, e a decisão desagradou o conselheiro Mauro Cunha, ex-presidente da Amec, principal associação representativa de acionistas minoritários do país, que renunciou a sua posição no colegiado.

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Aviso de Live

Hoje, às 19h, nossa repórter Julia Wiltgen fará uma live com o CEO da JHSF, Thiago Alonso. Clique aqui e ative a notificação no YouTube para acompanhar a entrevista.

#VacinaSim

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu ontem o pedido de uso emergencial da vacina da Janssen contra a covid-19. De acordo com a agência, o processo para análise dos documentos deve durar 24h e, em caso de informações faltantes, serão solicitados dados à farmacêutica. 

O Brasil possui acordo com a Janssen para a aquisição de 38 milhões de doses do imunizante da Janssen, com previsão de entrega de 16,9 milhões de doses entre julho e setembro e 21,1 milhões de outubro a dezembro, de acordo com o calendário da Saúde.

Governadores querem auxílio mais alto

Uma carta assinada por 16 governadores pedindo um auxílio de ¨R$ 600 mexeu com os mercados na tarde de ontem e deve repercutir ainda hoje. De acordo com o ministério da Economia, o pagamento de parcelas que variam entre R$ 150 e R$ 375 estaria dentro do esquadro possível para não gastar além do necessário.

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Em contrapartida, especialistas veem que esses valores não seriam suficientes para mitigar os efeitos econômicos da pandemia de covid-19. Alguns estados, inclusive, estão tentando aprovar seus próprios auxílios regionais, mas com uma ajuda maior do governo, afirmam, a população estaria melhor assistida.

Bolsas pelo mundo 

Nesta quinta-feira, os índices asiáticos fecharam sem direção única. Enquanto alguns se recuperavam das quedas recentes, as grandes empresas de tecnologia, negociadas em Hong Kong foram penalizadas pelos temores de que possam ser retiradas das bolsas de Nova York. 

A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, pela sigla em inglês) anunciou ontem uma regra provisória, determinando que algumas empresas estrangeiras submetam documentação para provar que não são controladas por entidades governamentais. Isso deverá afetar principalmente empresas chinesas, que estão sujeitas a ter suas listagens em Nova York canceladas.Os índices da Ásia fecharam o dia da seguinte forma: 

As bolsas da Europa também operam sem direção definida, mas com tendência de queda. Os investidores europeus estão à espera da reunião de líderes da União Europeia para discutir a terceira onda da covid-19 que ronda o continente e pode paralisar os negócios mais uma vez. Por volta das 8h, as bolsas europeias operavam da seguinte forma:

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Enquanto isso, os índices futuros de Nova York inverteram o sinal e passaram a operar em baixa, se comportando da seguinte forma: 

Agenda do dia

Confira os principais eventos e indicadores econômicos para esta quinta-feira (25):

Empresas

Devem divulgar seus balanços hoje:

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