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Maiores altas da bolsa: Embraer (EMBR3) é a grande vencedora em 2021; confira as outras ações que lideraram os ganhos do ano

Veículo e avião desenvolvidos por Porsche e Embraer

Se o ano teve um sabor amargo para o Magazine Luiza (MGLU3), que encerrou o período com queda de 71%, liderando as maiores perdas do Ibovespa, o mesmo não aconteceu com a Embraer (EMBR3) que voou em céu de brigadeiro e foi a grande vencedora da bolsa brasileira em 2021, acumulando ganho de 180,45%. 

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Mesmo com os efeitos adversos da pandemia de covid-19 no setor de aviação, a Embraer conseguiu o melhor desempenho do ano na B3, depois de uma disputa acirrada com a Braskem (BRKM5), que ficou em segundo lugar com uma valorização de 176,27%. 

A medalha de bronze foi para a JBS (JBSS3) que, embora tenha ficado bem longe duas primeiras colocadas, obteve avanço de 75,78% no ano. O frigorífico venceu a batalha com a rival Marfrig (MRFG3), que acabou ficando em quarto lugar entre os melhores desempenhos, acumulando ganho de 73,10%.

A decolagem da Embraer

A Embraer fez da inovação o seu pilar para decolar em 2021, superando um 2020 muito difícil, com perdas acumuladas pela pandemia e depois de desfazer um acordo fechado com a Boeing

A Eve foi uma das chaves para essa retomada, que não deve parar. Na semana passada, o braço de mobilidade aérea urbana da Embraer firmou acordo para a combinação de negócios com a Zanite, empresa de aquisição de propósito específico focada no setor de aviação.

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A previsão é de que a operação seja concluída no segundo trimestre de 2022 com a estreia na Bolsa de Nova York. O valor de empresa atribuído à Eve na transação é de quase US$ 3 bilhões considerando os recursos em caixa.

Outros fatores, além das perspectivas para o mercado de carros voadores, contribuíram para a valorização das ações da Embraer como a recuperação do mercado de aviação comercial para jatos de médio porte.

Braskem, a medalha de prata

A Braskem garantiu a medalha de prata apoiada em bons resultados financeiros. Mas não foi só isso que ajudou os papéis da petroquímica a figurarem entre as melhores performances de 2021. 

A retomada de fornecimento de gás natural no México e avanço no processo de desinvestimento por seus controladores - leia-se Odebrecht e Petrobras (PETR3 e PETR4) - foram alguns dos motivos que fizeram a ação da petroquímica disparar no ano. 

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Frigoríficos no pódio da bolsa

JBS e Marfrig viram seus negócios descolados da tendência majoritária da B3 neste ano. A exposição aos Estados Unidos junto com a valorização do dólar ajudaram os dois frigoríficos a figurarem no pódio das maiores altas da bolsa. 

No caso da Marfrig, ainda houve a compra de uma fatia de cerca de 31,7% na BRF e especulações de uma potencial tomada de controle no ano que vem.

Veja abaixo o top 10 das melhores ações do Ibovespa em 2021, de acordo com dados da B3:

EmpresaCódigoVariação anual 
Embraer EMBR3180,45%
BraskemBRKM5176,27%
JBS JBSS375,78%
MarfrigMRFG373,10%
PetroRioPRIO347,22%
MéliuzCASH329,60%
PetrobrasPETR329,32%
GerdauGGBR424,76%
Pão de AçúcarPCAR323,47%
Gerdau MetalúrgicaGOAU423,03%

Trinca do varejo na lanterna

Uma das estrelas da bolsa no ano passado, o Magazine Luiza terminou 2021 com queda de cerca de 71%. O comportamento da economia brasileira, com inflação alta e juros cada vez mais elevados, desestimulou o consumo, afetando especialmente o varejo de itens não essenciais.

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Outros fatores, como a competição com o Mercado Livre e a Amazon - dois grandes players globais - na batalha pela preferência do consumidor, também pesaram sobre o desempenho do Magalu no ano. 

Soma-se a isso o aumento da presença de grandes sites asiáticos de e-commerce, como Aliexpress, Shopee e Shein no Brasil, com esforços crescentes de marketing. 

Esse cenário também pesou sobre outras varejistas como Via (VIIA3) - dona da Casas Bahia e do Ponto - e Americanas SA (AMER3), que acumularam perdas de 67,51% e 58,23%, respectivamente, completando a trinca das piores performances de 2021. 

Via e Americanas

No caso da Via, também pesou muito o fato de a empresa ter anunciado mais uma provisão bilionária relacionada a questões trabalhistas — essa não é a primeira vez que a companhia faz um movimento do tipo. Quem esperava que os problemas deixados por administrações passadas estivessem sanados, levou um duro golpe.

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Já Americanas é um caso bastante sui generis: em linhas gerais, essas ações equivalem às da B2W (BTOW3), o braço de e-commerce do grupo. Além de todas as questões já citadas, há ainda a reorganização societária da Lojas Americanas: o plano é unificar a base acionária com a de LAME4 e LAME3, simplificando a estrutura da empresa.

Veja a seguir a lista das 10 piores ações do Ibovespa em 2021:

EmpresaCódigoVariação anual
Magazine LuizaMGLU3-71,04%
ViaVIIA3-67,51%
Americanas S.A.AMER3-58,23%
EztecEZTC3-51,71%
Natura &CoNTCO3-51,56%
IRBIRBR3-50,86%
QualicorpQUAL3-47,76%
CognaCOGN3-46,87%
Lojas Americanas PNLAME4-45,91%
EcorodoviasECOR3-45,25%
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