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Ibovespa tenta seguir recuperação de NY, mas derrapa em questões internas; dólar recua

Ibovespa

O medo do aumento de casos da variante delta do coronavírus segue em níveis mais controlados, o que ajuda os mercados a caminharem para mais um dia de recuperação depois do começo de semana complicado. 

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O pregão desta quarta-feira (21) conta com um exterior mais animado, e as bolsas de Nova York de olho nos balanços corporativos, o dia é de ganhos. E com o exterior positivo, a bolsa brasileira também acorda com apetite por risco. 

O fôlego por aqui, no entanto, é mais limitado. Por volta das 14h20, o Ibovespa opera em alta de 0,39%, aos 125.884 pontos. A razão para a perda de tração está no cenário político em Brasília e nos números da arrecadação federal de junho. O dólar à vista, que abriu o dia em alta, acompanha o exterior positivo e recua 0,85%, a R$ 5,1871.

No mês passado, a arrecadação foi de R$ 137,169 bilhões, um aumento de 46,77% com relação ao mesmo período do ano passado. O número ficou abaixo da mediana das expectativas dos analistas ouvidos pela Broadcast.

Após dias operando em queda, o mercado de juros futuros volta a mostrar uma inclinação em todos os principais vencimentos. Confira:

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Sempre ela...

O cenário interno deve contar com um novo capítulo da deterioração do Palácio do Planalto. Na manhã de hoje, o presidente da República, Jair Bolsonaro, anunciou que deve fazer uma reforma ministerial e mudar alguns nomes da cúpula do governo.

Esse movimento deve aumentar a participação do bloco do “centrão” no governo federal. Para o cargo da Casa Civil, hoje ocupado por Luiz Eduardo Ramos, o nome mais cotado é o do senador Ciro Nogueira (PP-PI).

De acordo com interlocutores do Palácio do Planalto, a troca viria para liberar os nomes da cúpula do governo para as eleições de 2022 e garantir o suporte político no Congresso.

Ainda, Jair Bolsonaro deve vetar o fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões enquanto encara a pressão do vice-presidente da Câmara, deputado Marcelo Ramos.

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Ramos se coloca agora como principal opositor de Bolsonaro na Casa, e está colocando o presidente em posição de xeque. O deputado ameaça ler o pedido de impeachment caso assuma interinamente a presidência da Câmara no lugar de Arthur Lira (PP-AL).

A briga entre o presidente da República e o Congresso atrapalha as tão sonhadas reformas estruturais, em especial a administrativa e tributária, que permanece sem acordo durante o recesso. 

Dando um gás

Mesmo com os temores envolvendo a variante delta, que pode voltar a fechar os negócios, e a Opep+ no radar, é o segundo pregão de alta para o petróleo, o que facilita o movimento de recuperação. 

A expectativa da American Petroleum Institute (API) é de que os estoques de petróleo dos EUA aumentem, e que a demanda mundial também suba durante a retomada econômica. Mesmo com os temores envolvendo a variante delta, que pode voltar a fechar os negócios, e a Opep+ no radar, é o segundo pregão de alta para a commodity. 

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Sobe e desce

Depois de reverter o prejuízo visto em maio do ano passado, as ações da resseguradora IRB é um dos principais destaques do Ibovespa. Na sequência, a Embraer sobe forte após registrar uma melhora nos seus números de pedidos. Confira as maiores altas do dia:

CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
IRBR3IRB ONR$ 5,988,14%
BRKM5Braskem PNAR$ 62,864,57%
EMBR3Embraer ONR$ 18,883,06%
BIDI11Banco Inter unitR$ 85,162,81%
USIM5Usiminas PNAR$ 19,722,71%

Confira também as maiores quedas:

CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
AMER3Americanas S.A ONR$ 59,34-3,24%
FLRY3Fleury ONR$ 24,54-2,04%
JHSF3JHSF ONR$ 7,59-1,81%
YDUQ3Yduqs ONR$ 31,58-1,74%
GNDI3Intermédica ONR$ 80,50-1,73%
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