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A antiga gestora de Paulo Guedes recebeu um “cheque em branco” de quase R$ 1 bilhão para investir no país

Ministro da Economia, Paulo Guedes

O ex-ministro da Economia, Paulo Guedes

A Crescera Capital, gestora de fundos que tinha o ministro Paulo Guedes como sócio, captou US$ 175 milhões (quase R$ 1 bilhão no câmbio de hoje) em uma oferta de ações na Nasdaq.

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A operação foi feita por meio de uma Companhia com Propósito Especial de Aquisição (SPAC, na sigla em inglês), as chamadas empresas de cheque em branco.

O objetivo da empresa é fazer fusões e aquisições no Brasil, em setores como tecnologia, saúde, educação, varejo e bens de consumo, de acordo com o prospecto.

Há ainda a chance de vender mais 2,625 milhões de unidades do Spac, em até 45 dias, o que elevaria a oferta em US$ 26,2 milhões, chegando a pouco mais de US$ 200 milhões (R$ 1,1 bilhão).

Guedes: de gestor a ministro

Guedes deixou a sociedade na Crescera — que antes se chamava Bozano Investimentos — para assumir o cargo de ministro da Economia no governo Bolsonaro.

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Ao sair da gestora, o ministro acabou perdendo algumas oportunidades de engordar ainda mais o patrimônio. No início de 2020, por exemplo, a Crescera embolsou US$ 215 milhões (R$ 925 milhões ao câmbio da época) com a venda de ações na Afya, grupo de educação voltado a cursos de medicina que abriu o capital na Nasdaq.

A Crescera fez uma oferta inicial de 17,5 milhões de unidades do Spac a US$ 10,00 cada, em precificação que ocorreu na noite de quinta-feira. As unidades do Spac serão listadas na Nasdaq com o símbolo "Crecu".

O presidente (CEO) da empresa é Felipe Samuel Argalji, enquanto o cargo de diretor financeiro é ocupado por Laura Guaraná, os dois sócios da gestora. O único coordenador da oferta pública da empresa criada pela antiga gestora de Paulo Guedes foi o banco suíço UBS.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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