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Ações da Vale e siderúrgicas sobem antes de balanços e puxam o Ibovespa; mercado espera BC mais agressivo e juros curtos disparam

Ibovespa Puxado Siderurgica

A semana começou com o prenúncio de cautela nos mercados globais que, pelo menos por hoje, não se refletiu na bolsa brasileira. 

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No exterior, a preocupação com a variante delta e os rumos da pandemia se somou a novos movimentos intervencionistas do governo chinês, o que acabou por derrubar as bolsas do continente asiático durante a madrugada e contaminou o restante das negociações pelo mundo. 

Enquanto as bolsas operaram mistas na Europa, nos Estados Unidos o dia foi mais uma vez de renovação dos topos históricos. Depois de um dia de muita oscilação entre perdas e ganhos, o Nasdaq encerrou o dia com leve alta de 0,03% e tanto o Dow Jones quanto o S&P 500 subiram 0,24%. Nesta semana teremos decisão de política monetária do Federal Reserve, na quarta-feira (28), o que deve deixar os investidores com menos ímpeto até lá. 

No Brasil, o Ibovespa passou longe do vermelho e operou durante todo o dia com o impulso das ações do setor de commodities. De olho na temporada de balanços que se aproxima, as ações de Vale, Petrobras e das siderúrgicas brilharam hoje e patrocinaram a alta de 0,76%, aos 126.003 pontos do índice. 

Com o dólar à vista se enfraquecendo no exterior e um intenso fluxo de entrada de capital no país para a participação nas ofertas de ações dos próximos dias, a moeda americana recuou 0,70%, a R$ 5,1742. Na mínima do dia, a divisa voltou a encostar nos R$ 5,15. 

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Do contra

Frequentemente correlacionado com o comportamento do câmbio, o mercado de juros está mesmo de olho no que decidirá o Comitê de Política Monetária (Copom) no próximo mês. E pode vir surpresa por aí. 

Após os números salgados do IPCA-15 de julho, os economistas do mercado seguem elevando a projeção da inflação não só para 2021 como também para o ano que vem. A meta para este ano já está pra lá de comprometida, mas os analistas temem que a situação perdure por mais algum tempo.

No boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, o mercado passou a projetar uma inflação de 6,56% neste ano e 3,80% no ano que vem. Para os analistas consultados pelo BC, a Selic deve chegar aos 7% ainda em 2021.

Com isso, o reajuste de no mínimo 0,75 ponto percentual passa a perder força, com os investidores apostando em uma ação ainda mais enérgica do Banco Central. O movimento pressionou hoje as taxas com vencimentos mais curtos. Confira:

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Fechando o cerco

A segunda-feira (26) começou com os olhos dos investidores voltados para a China. A decisão do governo de Xi Jinping de limitar a atuação de empresas de educação privada no país deixa os investidores com o pé atrás e desconfiando de possíveis interferências em gigantes de tecnologia. 

Visando o combate da especulação no setor de educação, a China, que vive um boom de cursos livres no pós-escola, apertou o cerco contra empresas que oferecem serviços educacionais com fins lucrativos.

O setor está se beneficiando da retomada das atividades e perspectivas com o crescimento do número de alunos, após a China decretar o fim da política de filho único, mas o governo pretende reduzir a pressão que esses cursos acabam tendo sobre as famílias. 

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As ações de empresas que oferecem cursos com fins lucrativos acabaram caindo para quase metade do preço após o anúncio. O temor agora é de que o país siga fechando o cerco também em outros setores, como o de tecnologia. E o regulador já vem tomando medidas contra práticas consideradas anticompetitivas das techs chinesas.

Sobe e desce

Depois de cinco sessões de queda, o minério de ferro voltou a apresentar ganhos, subindo 0,70%, a US$ 202,74 a tonelada. Lá fora, o índice de metais sobe mais de 2%, também de carona com o avanço do preço do cobre. 

O otimismo renovado vem de um aumento do aço na China, hoje a maior compradora da commodity no mundo. Mas a receita do bom desempenho das companhias nesta tarde pode estar na temporada de balanços.

Para Rodrigo Barreto, analista da Necton Investimentos, o mercado já começa a se antecipar para bons resultados nos próximos dias e como as companhias do setor andaram de lado no último mês, essa é uma tentativa de surfar essa onda. 

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A Vale divulga os seus resultados no próximo dia 28. A Usiminas (30) e a CSN (04) são as próximas. Os números devem vir fortes, já que o minério de ferro se mantém acima do patamar dos US$ 200 já há algum tempo. Confira as maiores altas do dia:

CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
USIM5Usiminas PNAR$ 20,923,56%
CSNA3CSN ONR$ 47,363,54%
BRAP4Bradespar PNR$ 79,023,51%
GGBR4Gerdau PNR$ 31,803,45%
ASAI3Assaí ONR$ 90,203,09%

Veja também as maiores quedas:

CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
AMER3Americanas S.A ONR$ 53,08-5,18%
EZTC3EZTEC ONR$ 27,48-2,59%
LAME4Lojas Americanas PNR$ 7,62-2,56%
VVAR3Via Varejo ONR$ 13,74-2,48%
MGLU3Magazine Luiza ONR$ 22,04-2,48%
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