Depois do faraó do bitcoin (BTC) entrar na mira da Polícia Federal por um esquema de pirâmide, foi a vez do tráfico de drogas entrar para o mundo das moedas digitais. Uma quadrilha que aceitava criptomoedas como forma de pagamento em um esquema altamente tecnológico foi presa hoje pela Polícia Civil do Rio de Janeiro.
A Operação Batutinha foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (17) e investiga uma quadrilha acusada de utilizar um grupo no Whatsapp para a venda de drogas. O Whatsapp Business é uma ferramenta usada por empresas para fazer vendas e realizar promoções com segurança.
Diversos bancos e instituições ganham um selo de verificado, o que garante a autenticidade daquele número e a segurança da criptografia. É uma forma de facilitar a comunicação com o cliente e solução de problemas, mas a empresa “Alfafa Batutinha Best Quality Drugs” era uma fachada para realizar a encomenda da droga.
Tráfico com criptomoedas
Segundo o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/RJ), o denunciado é Alluan de Almeida Brito Araújo, conhecido como Alfafa. Alluan é apontado como líder da associação, sendo o responsável pela manutenção da conta comercial do WhatsApp e do contato direto com os “clientes”.
Aqui no Seu Dinheiro já falamos sobre o uso de criptomoedas como dinheiro de tráfico, um dos mitos envolvendo o bitcoin. Não é a melhor ideia de todas, tendo em vista que a blockchain armazena todas as transações e é relativamente fácil rastrear a moeda digital.
O grupo contava ainda com a participação de fornecedores, entregadores, motoristas, seguranças e integrantes responsáveis pelo estoque das drogas. Os denunciados irão responder por associação ao tráfico e alguns responderão também por tráfico de drogas, receptação e resistência qualificada.
Além do MPRJ, a investigação conta com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), e a Polícia Civil, através da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (DESARME) e com o apoio da Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE).