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Ricardo Mioto
Ricardo Mioto
Conteúdo patrocinado por Empiricus

A saúde mental do investidor e o jogo perigoso do day trade para iniciantes

Uma história trágica envolvendo um garoto americano de 20 anos que perdeu dinheiro com day trade e opções ganhou as páginas do Financial Times nesta semana, e levantou a discussão sobre os riscos desse tipo de operação para pessoas físicas

Ricardo Mioto
Ricardo Mioto
5 de julho de 2020
13:48 - atualizado às 15:02
trader opera em frente a seu computador
Trader opera em frente a computador - Imagem: Shutterstock

Prezado leitor,

Talvez você tenha lido a história nesta semana.

Antes de se matar, Alex deixou uma breve carta para sua família. Ele se dizia arrependido. Disse que “não tinha ideia do que estava fazendo”, que nunca quis “ter se arriscado tanto”.

O garoto americano de 20 anos estava desesperado e se jogou na frente de um trem no estado de Illinois.

O que deixou Alex tão transtornado?

Ele tinha perdido dinheiro com day trade e opções na Robinhood, plataforma de investimentos que é sensação nos Estados Unidos. Day trade é comprar e vender ações no mesmo dia de modo especulativo. Opções são contratos que permitem comprar ou vender um ativo por um preço pré-definido em uma data futura.

Alex operava com dinheiro emprestado pela própria plataforma. “Como pode um estudante sem renda ser capaz de poder usar até um milhão de dólares emprestados pela corretora?”, escreveu o rapaz na sua carta.

Ele não entendia de finanças e sequer conseguia entender quanto dinheiro exatamente tinha perdido. Ficou desesperado quando viu linhas negativas na sua tela, sem saber direito o que elas queriam dizer.

Por que ele não simplesmente ligou para a corretora para entender? Bom, a Robinhood é umas dessas empresas digitais moderníssimas que não têm atendimento telefônico, porque afinal você pode resolver tudo por meio de um chat com um robô… Alex entrou em pânico.

Não quero dar tom de tragédia e muito menos de sensacionalismo a este e-mail de domingo. Definitivamente não é a cara do Seu Dinheiro. Conto a história triste de Alex Kearns porque ela representa algo maior.

A sua morte não é só questão do jornalismo policial. Ela não apareceu só na TV ou nos jornais locais. Apareceu também no Financial Times. Há algo podre no mundo das plataformas de investimento.

O jornal citou a preocupação com as plataformas estarem ajudando a “transformar a experiência de investir em algo como um videogame”, com lucros aparecendo na tela como se fossem fases de um jogo e acima de tudo com “as redes sociais dando combustível ao frenesi”.

A corretora se pronunciou dizendo que iria expandir seu conteúdo educacional sobre opções e deixar mais explícitos os riscos.

É muito mais complicado do que isso.

Um famoso estudo da FGV mostrou que a imensa maioria dos investidores brasileiros que se metem a fazer day trade acabam tendo prejuízo.

Entre os 19.696 que começaram a fazer day trade entre 2012 e 2017, apenas 13 (sim, 13) tiveram lucro médio diário acima de R$ 300 ao fim desse período — o que não é nenhuma fortuna, se você considerar que isso vira uma espécie de trabalho de tempo integral.

Além disso, não havia curva de aprendizagem: quem perdia dinheiro continuaria perdendo mesmo se insistisse.

Por que é quase impossível para o investidor pessoa física ganhar dinheiro nisso?

No longo prazo, comprar ações é uma aposta no crescimento das empresas e do país. Não é um jogo de soma zero: se os lucros e o PIB sobem, todo mundo ganha.

Fazer trades de curto prazo, porém, envolve a crença de que você tem mais informação, mais inteligência ou melhores técnicas do que os outros. No curto prazo, o mercado é um jogo de soma zero ou algo muito perto disso. O bolo não cresce em poucas horas. Nesse período, só dá para roubar um pedaço da fatia alheia.

O problema é que o pequeno investidor nunca vai ser o lado mais informado desse jogo. Por mais esperto que seja, não vai conseguir competir com a Goldman Sachs na outra ponta ou qualquer outro grande grupo profissional e ultracapacitado.

Nas palavras do professor Terrance Odean, de Berkeley, “é como decidir jogar basquete um contra um com algum jogador profissional da NBA. Você vai perder”.

É espetacular que o número de CPFs na Bolsa brasileira esteja subindo tão rapidamente. Já são quase 2,5 milhões - há dois anos, eram 800 mil. A gente quer muito que mais gente entre no mercado. Um país de proprietários é um país melhor. O único caminho para que uma pessoa não seja submissa -- ao governo, ao patrão, aos pais, aos filhos, à caridade alheia -- é ela ter seu capital.

A pergunta é quem está guiando essas pessoas até a Bolsa.

Será que são influenciadores e empresas com visão do longo prazo?

Eu sei que o Felipe Miranda e todo o time de 35 analistas da Empiricus jamais vão dizer para o investidor arriscar o patrimônio da família, operar day trade, tentar querer ficar rico com opções mirabolantes ou se meter em qualquer outra forma de negociação frenética de curto prazo. Operar alavancado, ou seja, com dinheiro emprestado? Jamais.

Mas, infelizmente, o resto do mercado não é assim.

Procure “day trade” no Google agora e veja quem compra os anúncios. Não é a Empiricus, definitivamente, mas sim aquela grande corretora com capital aberto no exterior que você conhece.

No site de uma das marcas dessa corretora, por exemplo, você pode encontrar um artigo chamado “Day Trade: como usar a alavancagem e aproveitá-la em duas estratégias”. O texto ensina a “maximizar os ganhos” com dinheiro emprestado:

“Por exemplo, se você acredita que pode ter lucro com uma operação, mas não tem dinheiro suficiente para investir nela. É possível pegar o valor que falta emprestado com a corretora e devolver quando receber o retorno do investimento. (…) Por exemplo, com apenas R$ 1.000,00 na sua conta, você pode se posicionar com R$ 10.000,00 em determinada operação.”

Volto à pesquisa do Google. Logo abaixo dos anúncios, há dois vídeos de influenciadores conhecidos: “Day Trade para iniciantes” e “Day Trade: como começar com pouco dinheiro”.

Fico pensando muito no meu pai, aposentado, no interior, zero conhecimento de finanças, com mais tempo livre e mais acesso à internet do que o bom senso recomendaria. E se ele cair no colo de alguma corretora ou influenciador que lhe diga para começar a fazer day trade? Com dinheiro emprestado, ainda por cima?

Tornar-se trader, lembra o Financial Times, não impacta só o patrimônio, mas muito mais. Há ampla literatura que mostra que uma rotina frenética de negociação na Bolsa está amplamente associada a “piora da saúde mental, alcoolismo e até mais acidentes de carro”.

Investimento era para ser sobre liberdade, sobre autonomia e paz de espírito, não sobre estresse e piora da qualidade de vida.

Ou seja, Alex pode ser um caso extremo, mas não é uma exceção. Empresas do mercado financeiro e influenciadores têm uma responsabilidade, embora com frequência não se comportem devidamente - e, infelizmente, não parece haver consequências regulatórias para eles.

O investidor precisa ter muito cuidado. Com a inevitável queda das taxas de corretagem, as corretoras precisarão cada vez mais encontrar outras formas de ganhar dinheiro. Emprestar para investidores incautos até exaurir seu patrimônio é uma delas. Elas inclusive pagam e pagarão influenciadores para recomendar tais estratégias.

Se você quer orientação sobre investimentos, não aceite os conselhos gratuitos de quem fica rico se você quebra. Procure informação e conhecimento de uma fonte independente, confiável e com visão de longo prazo. Alguém que não trate de especulação, mas de construção de patrimônio ao longo dos anos.

Se esse for o caminho que você quer seguir, minha sugestão é a Carteira Empiricus, comandada por Felipe Miranda. Trata-se de um portfólio completo com ativos de investimento balanceados e rentáveis para que você possa ter a melhor alocação possível em todos os mercados. Sem mágica, sem day trade, sem dinheiro emprestado, sem técnicas mirabolantes, com responsabilidade e embasamento.

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