A Highline do Brasil, controlada pela norte-americana Digital Colony, desistiu de fazer uma nova oferta pelos ativos de telefonia móvel da Oi, segundo apurou o Estadão/Broadcast.
A empresa tinha até segunda-feira passada, dia 27, para fazer uma nova oferta pelos ativos, depois da empreitada das operadoras. Agora sem um novo nome no radar, a expectativa é de que TIM, Vivo e Claro fiquem com os ativos, para depois fatiarem entre elas.
O trio fez uma primeira oferta, mas não informou o valor da proposta ao mercado. A Highline chegou surpreendentemente à disputa, colocando um valor acima dos R$ 15 bilhões, lance apontado como mínimo pela própria Oi. Em seguida, TIM, Vivo e Claro aumentaram o valor da proposta, para R$ 16,5 bilhões.
Na nova oferta divulgada esta semana, as operadoras afirmaram que o valor estava em linha com a regulação e, ainda, endereçava "as necessidades financeiras do Grupo Oi, de amplo conhecimento do mercado em geral, para que este possa implementar seu plano estratégico e atender seus credores".
As teles fizeram questão de ressaltar este ponto porque, conforme noticiou a Coluna do Broadcast, os credores da Oi, em recuperação judicial, estavam reticentes com a oferta agressiva da Highline do Brasil.
Havia preocupação quanto à capacidade de pagamento do valor, já que a companhia teria de buscar dinheiro no mercado. Procurada, a Oi e a Highline não retornaram o contato da reportagem até o fechamento desta edição.
Alta da Oi
As ações da Oi estão em um movimento intenso de alta desde que veio a público o embate entre Highline e TIM Vivo e Claro.
No acumulado desde janeiro, os papéis da ON da Oi (OBR3) tem alta de 111%, sendo negociados a R$ 1,82. As ações PN (OIBR4) são negociadas a r$ 2,98 na sexta-feira (31), em uma alta de 142% neste ano. Veja como foi o desempenho dos mercados.
Ontem, após começar a circular a notícia da saída da americana Highline e da exclusividade das três teles pelo negócio, as ações ordinárias da TIM os papéis da teles Telefônica Vivo e TIM fecharam com forte alta: 6,42% e 2,97%, respectivamente. Já os papéis da operadora Oi tiveram queda de 6,58%.
*Com informações de jornal O Estado de S. Paulo e Estadão Conteúdo